Revenda e distribuição ficam com 45% do preço do botijão de gás

As margens de ganho da revenda e distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão, representam cerca de 45% do preço final do produto, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O restante se divide entre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cerca de 15%, e o preço da Petrobras mais o imposto federal, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), com cerca de 40%.

A ANP divulgou hoje (26) em seu site um levantamento dos preços do GLP no Brasil, como primeira medida para acompanhar mais ativamente o setor, como foi determinado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. O estudo indica uma redução das margens de lucro da distribuição, que representavam 33% do preço do botijão em 2001 e passaram a equivaler a 28% em julho.

O estudo, porém, não divide a parcela correspondente ao faturamento do produtor de GLP da parte que corresponde ao imposto federal, que é de R$ 0,1046 por quilo. Além disso, não traz valores absolutos, o que dificulta uma análise mais profunda, criticaram especialistas.

Subtraindo o valor da Cide do preço de venda dos produtores, chega-se à conclusão de que estão faturando R$ 9,14 pela venda dos 13 quilos de gás de botijão. Além da Petrobras, as duas refinarias privadas – Ipiranga e Manguinhos – e as centrais petroquímicas produzem GLP no País.

Voltar ao topo