Além da questão do pedágio no Paraná, outro objetivo da vinda do ministro dos Transportes Anderson Adauto a Curitiba, na sexta-feira (21), foi o anúncio do convênio para a ampliação do Porto de Paranaguá. “O governador Requião nos afirmou que conseguiria fazer essa obra com um custo menor ao do processo licitatório realizado pelo governo anterior e nós detectamos que ele realmente estava certo”, afirmou o ministro, que esteve na cidade exclusivamente para participar de uma reunião com o governador Roberto Requião, na Granja do Cangüiri, residência oficial do governo.
Em janeiro, o governo federal suspendeu a licitação das obras de ampliação, recuperação e reforma do porto e constatou que os custos apontados não eram compatíveis com o serviço. A obra havia sido licitada em R$ 250 milhões e, agora, o governo do Estado apurou que por R$ 160 milhões é possível realizar o mesmo serviço. “Nós vamos realizar a mesma obra por um preço até 40% abaixo do valor orçado pelo governo que antecedeu o Lula”, comemorou o governador.
O superintendente do Porto, Eduardo Requião, afirmou que foi possível baixar os custos porque além de pequenas alterações no projeto, toda a “gordura” foi eliminada. “Cortamos tudo o que não era necessário e readequamos o projeto às nossas necessidades”, explicou.
Do valor total da obra, 20% será pago pelo governo do Estado do Paraná e 80% pelo governo federal. As obras incluem a ampliação de 820 metros do cais oeste do porto. “Com isso, nós teremos também mais três berços de atracação e provavelmente uma melhoria de 60% na qualidade logística do porto”, explicou Eduardo.
O superintendente afirmou que mesmo com a medida de suspender as exportações de soja transgênica, na última semana o porto bateu mais um recorde: 30 milhões de toneladas exportadas em todas as áreas. “Somos o segundo porto do País e somos o maior exportador de grãos da América Latina. Continuamos crescendo e vamos crescer de 16% a 25% no ano que vem”, afirmou Eduardo.
A administração do porto também está investindo alto no funcionamento das moegas e mexendo na entrada do porto. “Vamos construir mais 17 quilômetros de espaço linear na entrada de Paranaguá, em concreto, e estamos resolvendo todos os problemas das entradas da cidade”, comunicou o superintendente.
Também participarem da reunião na Granja do Cangüiri o presidente do DNIT, Washington Lima; o secretário dos Transportes, Waldyr Pugliesi; e o procurador-geral do Estado, Sergio Botto de Lacerda.