O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, esclareceu nesta quinta-feira, 26, durante coletiva de imprensa, que as mudanças no Repetro-Sped – regime fiscal aduaneiro ligado ao setor de petróleo e gás – terão impacto neutro no balanço de pagamentos e no mercado de câmbio brasileiro.

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No início do mês, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) já havia informado que o Repetro acarretará impacto na balança comercial, em função da nacionalização de bens de companhias beneficiadas pelo regime, que suspende a cobrança de tributos na importação de equipamentos de petróleo e gás. O programa passou a permitir beneficio tributário para as empresas que nacionalizarem bens que estão hoje em subsidiárias no exterior, como, por exemplo, plataformas de petróleo.

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“Antes, os produtos tinham que ser exportados para as empresas aproveitarem a situação tributária. Agora, eles podem permanecer no País. Com isso, considerando o estoque do que foi exportado no passado, a opção é nacionalizar as plataformas de petróleo, por exemplo”, explicou Rocha, do BC. “Lá atrás, houve exportação. Agora, haverá importação.”

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Segundo ele, este processo terá impacto na rubrica de importações e nas contas financeiras pelos próximos dois anos. Mas o efeito total será neutro sobre o balanço de pagamentos e o mercado de câmbio.