Rentabilidade dos bancos tem queda no 1º semestre

O aumento no custo de captação, as mudanças nas regras do Banco Central (BC) para as tarifas e o cenário externo adverso colaboraram para a queda na rentabilidade dos principais bancos privados do País no primeiro semestre deste ano. O retorno sobre o patrimônio líquido médio do Bradesco ficou em 25,8%, três pontos porcentuais menor que o de igual período de 2007. No Itaú a queda foi idêntica, para 27,5%. A exceção foi o Unibanco, que ficou praticamente estável em 25,9%, alta de 0,8 ponto porcentual.

Desde o começo do ano, os bancos vêm apresentando queda na rentabilidade, depois de resultados expressivos nos últimos anos. Os analistas acreditam que dificilmente a rentabilidade volte aos níveis anteriores no curto prazo. Essa perda de rentabilidade, no entanto, não indica um problema financeiro das instituições. “No ano passado os bancos cresceram vigorosamente, mas isso não quer dizer que este ano os resultados foram ruins. O setor continua sadio”, disse o analista da Austin Ratings Erivelto Rodrigues.

Segundo os bancos, a maior preocupação é a queda nas receitas com tarifas. Desde o fim de abril, o BC limitou a cobrança de tarifas. Entre outras regras, foi proibida a incidência de taxas na abertura de crédito e na liquidação antecipada de operações. A saída é buscar novos clientes. “Não há outra forma de eliminar esse efeito a não ser ter mais clientes”, disse Gilberto Travaglia, vice-presidente Corporativo do Unibanco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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