O rendimento nominal mensal domiciliar per capita foi de R$ 1.052 no País em 2014, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Distrito Federal, o resultado foi de R$ 2.055, o maior alcançado. O mais baixo foi o do Maranhão, de apenas R$ 461.

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Em São Paulo, o rendimento domiciliar per capita foi de R$ 1.432. No Rio de Janeiro, ficou em 1.193, e, em Minas Gerais, em R$ 1.049. O dado passa a ser usado como base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados, de acordo com a legislação vigente.

O indicador foi responsável pela maior crise institucional no órgão. Em 10 de abril de 2014, a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, anunciou a suspensão das divulgações seguintes da Pnad Contínua com objetivo de fazer uma revisão na metodologia de coleta e cálculo da renda domiciliar per capita pela pesquisa.

Motivada por questionamentos dos senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE), a decisão levantou suspeitas de ingerência política no órgão, desencadeando uma reação imediata do corpo técnico do instituto. Duas diretoras pediram exoneração e coordenadores ameaçaram uma entrega coletiva de cargos caso as divulgações não fossem retomadas.

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Em 26 de maio do ano passado, servidores do IBGE entraram em greve, que se estendeu até 13 de agosto, prejudicando a divulgação de pesquisas como a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que publica mensalmente a taxa de desemprego para as seis maiores regiões metropolitanas do País, e da própria Pnad Contínua. Em 19 de setembro, o IBGE convocou entrevista coletiva de emergência para anunciar graves erros estatísticos na Pnad 2013, pesquisa anual que havia sido divulgada no dia anterior.