Remessa de brasileiros cresceu 10% em 2002

São Paulo

  – O dinheiro enviado ao Brasil no ano passado por brasileiros que residem em países industrializados somou US$ 4,6 bilhões, cifra 10% acima da verificada em 2001. É o que indica recente levantamento do Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin, sigla em espanhol), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre remessas de latino-americanos aos seus países de origem.

O documento, que se encontra disponível no site do BID, mostra ainda que em 2002 as remessas de imigrantes latino-americanos que trabalham nos Estados Unidos, Europa e Japão chegaram a US$ 32,044 bilhões, ou 17,6% a mais se comparado com o que foi enviado no ano anterior.

Essa cifra supera qualquer tipo de ajuda externa que a América Latina e o Caribe receberam de organismos multilaterais de financiamento e ainda se aproximou dos investimentos externos diretos (IED), transformando-se em fonte fundamental de divisas para os países da região.

“O volume de remessas cresceu significativamente e, com isso, a América Latina e o Caribe se transformaram no principal destino de remessas no âmbito mundial”, diz Donald F. Terry, diretor do Fomin. De acordo com ele, a taxa de crescimento do envio de recursos praticamente duplicou em comparação à de 2001. No ano passado, a região recebeu cerca de 31% dos US$ 103 bilhões que foram remetidos no mundo todo por imigrantes de países em desenvolvimento para seus países de origem.

Quase 78% das remessas que chegaram à América Latina e o Caribe vieram dos Estados Unidos. Outras grandes fontes de recursos foram o Japão, Espanha e Canadá. De acordo com documento do Fomin, o México continua sendo o país que recebe maior volume de recursos. No ano passado, por exemplo, somou US$ 10,5 bilhões, quase 1/3 das remessas recebidas pela região. A América Central captou US$ 5,5 bilhões, o Caribe, US$ 5,45 bilhões e os países andinos US$ 5,4 bilhões.

De acordo com cálculos do Fomin, se esse fluxo continuar crescendo a uma taxa média de 7% ao ano, a América Latina e o Caribe poderão estar recebendo US$ 400 bilhões em apenas uma década.

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