A Refinaria de Paulínia, unidade do Sistema Petrobras, acaba de retomar a produção da Unidade de Destilação (U-200A), que ficou parada para manutenção e ampliação de capacidade de processamento de petróleo de 27 mil m³/ dia para 30 mil m³/ dia.

Durante 71 dias, a obra envolveu 2.400 trabalhadores de aproximadamente 30 empresas contratadas. Neste período, a demanda foi suprida pela produção das unidades em operação da própria Refinaria, por outras refinarias da Petrobras e também por importações.

Esta é a maior modificação já realizada em uma unidade da Petrobras. Em proporções inéditas na Companhia, foram movimentadas 1 mil toneladas de tubulações. Para isso, foram realizadas 1,7 milhão de horas/homem, em dois turnos de dez horas de trabalho.

Esse ajuste tornou o negócio da Companhia mais rentável, pois elimina a necessidade de importação de produto mais leve. O empreendimento recebeu aporte de US$ 50 milhões, sendo US$ 5 milhões para manutenção dos equipamentos e US$ 45 milhões na ampliação da U200-A, que foi adaptada para processar petróleos mais pesados, comumente encontrados na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Maior lucratividade – A modernização vai elevar a lucratividade da Refinaria de Paulínia em 5,2% por dia. A lucratividade diária vai aumentar mais 20% a partir de abril de 2004, quando estiverem em operação as unidades de Coque e Hidrotratamento, que ampliarão o aproveitamento do petróleo, gerando mais gasolina e óleo diesel. As obras já estão sendo tocadas a todo vapor por 2 mil empregados, desde setembro de 2002.

A U200-A foi modernizada também para consumir menos energia e menos água no processo, e para reduzir a emissão atmosférica. A obra ampliou a segurança na operação, pois todo o sistema de controle digital da Unidade foi remodelado e os sistemas de segurança do processo foram renovados e ampliados.

Querosene de aviação – Entre as obras que compuseram a ampliação da capacidade da U200-A, está a construção de uma Unidade de Percolação para tratamento de QAV1 (querosene de aviação). A produção do derivado passa
agora de 25 mil m³ por mês para 50 mil m³. Essa nova capacidade atenderá à demanda do Aeroporto de Viracopos, que vinha consumindo 12 mil m³/ mês,e já começa a aumentar o consumo por conta da ampliação do terminal de
cargas. Além de Viracopos, o QAV1 da Refinaria de Paulínia é fornecido aos aeroportos de Cuiabá, Araçatuba, Bauru, Ribeirão Preto e Rio Preto,
entre outros.

Segurança

Como resultado de um rigoroso programa de segurança, esta foi a Parada mais segura já realizada na Refinaria de Paulínia. Os trabalhadores foram treinados por meio de Diálogos Diários de Segurança (DDSs) e peças teatrais temáticas. No período, 300 pessoas, entre encarregados, supervisores, técnicos de segurança e fiscais, fizeram 3.646 auditorias de segurança.

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