O varejo deverá ficar praticamente ileso aos efeitos da redução de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, definida nesta semana pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Representantes de entidades do setor como o Instituto Fecomércio e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avaliam que as conseqüências do corte da Selic no curto prazo serão irrisórias e só poderão se fazer sentir em pelo menos seis meses.
O presidente da CNDL, Sebastião Mauro Figueiredo Silva, disse que a princípio a queda não afeta os consumidores ou empresários do varejo. Segundo ele, o fato de a redução não estar sendo esperada pelo mercado havia tornado os juros reais ainda mais elevados, dificultando uma queda imediata nas taxas de financiamento. ?Para o varejo de imediato não há qualquer interferência?, disse.
O economista Paulo Bruck, do Instituto Fecomércio, concorda com Figueiredo Silva. Segundo ele, a queda ?muda um pouco a perspectiva? para o setor, mas apenas como um sinal de possíveis reduções mais acentuadas no futuro. Ele explicou que em médio prazo, ou seis meses, poderá ocorrer um reflexo positivo para o comércio, com redução de custos para crédito dos consumidores e empresas.