Receita quer pegar empresas fantasmas

A fiscalização aduaneira da Receita Federal continuará tendo como foco de trabalho, neste ano, as empresas fantasmas que atuam no comércio exterior. Esse setor já é alvo do fisco desde meados de 2002 e, segundo a secretária-adjunta da Receita, Clecy Lionço, a Receita acredita estar no caminho correto, pois muitas empresas chamadas pelo Fisco no ano passado não compareceram. Entre as empresas ditas fantasmas, que atuam no comércio exterior, o principal setor que vem se destacando em operações de fraudes é o de eletroeletrônicos.

Os levantamentos da Receita mostram que, dentro de um universo de 24 mil empresas que importaram em 2002, mais de duas mil poderão ser submetidas a novos procedimentos de fiscalização.

Desse total, cerca de 800 empresas se omitiram e não apresentaram declaração do imposto de renda relativas a 2001, tendo movimentado R$ 3 bilhões relacionados com operações de importação no período.

Outras 400 empresas gastaram mais de R$ 62 milhões com importação em 2001 e se declararam inativas para a Receita.

Em 2002, segundo Clecy, a fiscalização aduaneira conseguiu recuperar créditos tributários no valor de R$ 217 milhões, contra os R$ 113,5 milhões recuperados em 2001. Além disso, nas fiscalizações feitas após a entrada das mercadorias no país, foram constituídos R$ 2,66 bilhões em créditos tributários.

A Receita também apreendeu 1,650 mil quilos de cocaína; 1,963 mil quilos de maconha; além de 1,308 frascos de lança perfume; 44,8 mil ampolas e 10 mil comprimidos de anabolizantes; crack, ópio e haxixe, que resultaram em 69 prisões ou representações criminais.

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