Receita paralisa em rejeição à reforma

Auditores fiscais e técnicos da Receita Federal iniciaram ontem uma paralisação de 24 horas contra o projeto de reforma da Previdência. Pela manhã, os servidores se concentraram em frente ao prédio do Ministério da Fazendo, no centro de Curitiba, e distribuíram pipoca à população, para simbolizar que a reforma vai “estourar” o Brasil.

Os servidores também entregaram panfletos explicando os motivos pelos quais a categoria é contra a proposta do governo. Entre os pontos polêmicos, afirma o delegado sindical dos Técnicos da Receita Federal, João Caputo E Oliveira, é a afirmação do governo que os servidores públicos não contribuem com a Previdência. “Isso é mentira, pois nós recolhemos 11% sobre o total dos vencimentos”, disse.

Um exemplo, citou, é um servidor público com salário de R$ 4 mil, que recolhe mensalmente R$ 440,00. Já um trabalhador da iniciativa privada, que tem o mesmo vencimento, contribui com R$ 171,77 mensais. “E nós ainda não recebemos FGTS. Além disso, temos que ter dedicação exclusiva”, disse, defendendo que por isso é justa a aposentadoria integral.

Essa é a terceira paralisação programada dos servidores da Receita Federal. Com isso, os trabalhos afetos à receita ficam prejudicados. Em Foz do Iguaçu, onde os auditores atuam na fronteira com Paraguai (Ponte da Amizade) e Argentina (Ponte Tancredo Neves) e na aduana, os servidores prometem realizar uma operação-padrão, com a fiscalização de 100% das mercadorias. O mesmo vai acontecer no desembaraço aduaneiro no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e no desembarque de vôos internacionais; na Estação Aduaneira de Interior (Eadi), na Cidade Industrial de Curitiba; e no Porto de Paranaguá.

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