A arrecadação de impostos e sua aplicação em obras públicas foi o tema da reunião do governador Roberto Requião com o secretariado ontem. A Receita Estadual apresentou a peça teatral O Auto da Barca do Fisco, cuja mensagem é uma reflexão sobre a cidadania e a educação fiscal praticada no Paraná.

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Para o diretor da Receita Estadual, Luiz Carlos Vieira, os recursos dos impostos estão sendo bem aplicados no Estado. Segundo ele, é possível identificar essa prática em programas como o Leite das Crianças e a Recuperação de Estradas. A correta aplicação dos recursos públicos também se reflete em ações invisíveis como a qualidade dos alimentos, resultado de ações estaduais de vigilância sanitária e campanhas de vacinação.

Vieira ressaltou a opção da Secretaria da Fazenda pelo fim da burocracia nos serviços prestados ao contribuinte. Destacou as facilidades para as micros e pequenas empresas, que atualmente podem obter de imediato a Inscrição Estadual, para abertura de estabelecimentos, via internet.

O processo que antes demorava 15 dias e exigia mais de 12 tipos de documentos, foi substituído por uma simples declaração de cadastro na internet, onde o contribuinte obtém na hora o número da Inscrição Estadual, e a autorização para emitir o bloco de notas fiscais, que permite o funcionamento da empresa. Posteriormente, o empresário envia para a Receita apenas dois documentos que comprovam as declarações anteriores.

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Vieira destacou ainda os benefícios com a cobrança progressiva do imposto, que permite a isenção tributária para as microempresas. No ano passado, das 200 mil pequenas empresas cadastradas, 112.374 delas não pagaram um centavo de ICMS. Outro tratamento dados aos contribuintes é a dispensa do comparecimento às unidades da Receita Estadual para obtenção de documentos, porque todos eles são concedidos via internet.

Teatro

A peça teatral O Auto da Barca do Fisco, foi criada por funcionários da Receita Estadual, Receita Federal e da Universidade Estadual de Maringá. Inspirada em duas obras da dramaturgia clássica: O Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, e o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, foi escrita por Marcílio Hubner de Miranda Neto, professor da Universidade Estadual de Maringá, com direção de Laura Chaves.

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Segundo Vieira, os cidadãos precisam ser conscientizados da necessidade de não praticar a sonegação e também denunciar as irregularidades e falcatruas ao Ministério Público e à Ouvidoria do Estado. Orientou os cidadãos a vigiarem a aplicação dos recursos com a participação em conselhos municipais e Associação de Pais e Mestres, por exemplo.

A peça conta a história de sete personagens, entre políticos e funcionários públicos, mortos num acidente de avião. Eles são julgados por suas ações e dependendo delas podem ir para o céu ou inferno.