Rebaixamento pela Moody’s já havia sido sinalizado, diz Tesouro

O rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela agência de classificação de risco Moody’s anunciado na manhã desta quarta-feira, 24, não foi recebido com surpresa pelo governo. Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, José Franco, a agência já tinha sinalizado este movimento. “O impacto já está previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF), se há aumento de custo e a nossa ação foi de aceitar um pouco mais de LFT na composição da dívida”, afirmou.

Entre as ações que o governo pode tomar para recuperar o grau de investimento, Franco reafirmou que o Ministério da Fazenda está trabalhando na questão estrutural. “Há algumas medidas de caráter estruturante que estão sendo tomadas, esperamos ter resultado para que o grau de crédito volte a ser o que o Brasil merece”, frisou.

Ele reiterou que o Tesouro está em uma situação “bastante confortável” em relação ao mercado externo, que não tem necessidade de financiamento e que o colchão da dívida dá tranquilidade para os casos de volatilidade extrema no mercado, se ajustando às condições. “Tesouro atua de maneira a não pressionar curva de juros”, disse,

Mesmo com o downgrade, Franco reafirmou que o Tesouro está preparado para gerir a dívida pública e que não espera a saída de investidores estrangeiros. “Os títulos brasileiros estão bastante atrativos”, afirmou.

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