Reativado comércio com o Mercosul

São Paulo – As exportações brasileiras para a Argentina, mercado que representa mais de 80% do que o País vende para os países do Mercosul, fez crescer de forma considerável o comércio no bloco no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual período de 2002.

De acordo com o boletim CNI Informa Mercosul, divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as exportações para a Argentina, Paraguai e Uruguai saltaram de US$ 1,48 bilhão, no primeiro semestre de 2002, para US$ 2,29 bilhões no mesmo período deste ano. O crescimento foi de 54%. Já as importações se mantiveram estáveis, e o déficit comercial com esses países caiu de US$ 1,4 bilhão para US$ 534 milhões.

Vem daí, provavelmente, a “chiadeira” da União Industrial Argentina (UIA), que reclama da “invasão” de produtos brasileiros no mercado argentino. Em junho, por exemplo, pela primeira vez nos últimos 41 meses, o Brasil registrou superávit comercial com a Argentina. O último, diz a CNI, havia sido registrado em dezembro de 1999.

“O superávit brasileiro de US$ 34 milhões, resultado de US$ 373 milhões de exportações e importações de US$ 339 milhões, vem motivando protestos dos empresários argentinos, preocupados com a possibilidade de invasão de produtos brasileiros ao seu país”, lembra a CNI no boletim. A reativação do mercado argentino, o desempenho moderado da economia brasileira e a paridade entre o peso e o real explicam a melhoria do intercâmbio comercial em favor do Brasil”, argumenta a CNI.

No primeiro semestre deste ano, o Brasil ainda amarga um déficit comercial de US$ 501 milhões com a Argentina, resultado semelhante ao verificado no mesmo período de 2001 (US$ 518 milhões).

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