Queda na confiança do consumidor mostra acomodação

A queda na confiança do consumidor em maio, apontada na Sondagem do Consumidor divulgada nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), não representa uma reversão de tendência e a inadimplência não assusta, disse Viviane Seda, coordenadora do levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. A confiança do consumidor recuou 1,2% neste mês, após forte alta de 4,9% em abril, na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal.

Segundo Viviane, a queda no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) reflete uma acomodação nas expectativas em relação à situação econômica, mas na média móvel trimestral, o indicador segue subindo.

“A confiança tinha subido muito, por três meses seguidos”, disse, destacando que, em abril, o ICC tinha se aproximado do recorde de dezembro de 2010.

Na avaliação da economista, o mercado de trabalho ainda aquecido, sobretudo nos setores de serviços e comércio, possibilita que a tendência de otimismo se mantenha.

Ainda de acordo com Viviane, desde o fim do ano passado, os entrevistados na pesquisa indicam que estão menos endividados. Normalmente, leva de seis a sete meses para a percepção sobre a redução no endividamento refletir-se nos dados de inadimplência do Banco Central.