Queda dos juros não eleva crédito ao consumidor

Rio  – Um levantamento da Partner mostra que a redução da taxa básica de juros, de 26,5% para 20% ao ano, não foi suficiente para elevar o crédito ao consumidor. Em setembro, foram emprestados R$ 26,1 bilhões, volume 3,4% inferior ao montante registrado em igual período de 2002. “O Crédito ao Consumidor é o combustível que alimenta o espetáculo do crescimento. Mas o combustível sozinho não basta, é preciso que haja material a “queimar”; renda e emprego”, afirma Álvaro Musa, sócio-diretor da Partner, consultoria especializada em serviços financeiros ao consumidor.

“Mesmo com mais recursos disponíveis a taxas bem inferiores, o consumidor ainda não tem confiança na manutenção de seu emprego e nem renda suficiente para contrair novos empréstimos”, explica Musa. Segundo a consultoria, esses números derrubam a tese que se acreditava até agora de a redução das taxas de juros traria o aumento proporcional na concessão de crédito.

A pesquisa da Partner mostra que os juros médios ao consumidor caíram mais 3,8% em setembro na comparação com agosto, acumulando 17,3% de queda em seis meses. Ao mesmo tempo, foram emprestados R$ 26,1 bilhões em novas financiamentos, o que supera em apenas 0,9% o total do mês passado e é 3,4% menor ao acumulado em setembro de 2002.

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