Protesto de caminhoneiros na Eadi de Foz

Terminou ontem um protesto de caminhoneiros na Estação Aduaneira do Interior (Eadi), em Foz do Iguaçu. Os motoristas fecharam a saída do terminal por mais de 24 horas em virtude da lentidão ocasionada pela greve dos fiscais do Ministério da Agricultura e por causa de um boato de que estavam acontecendo pagamentos para os fiscais liberarem as cargas mais rapidamente. A manifestação deixou uma longa fila, prejuízo para os motoristas e acúmulo de cargas para fiscalização neste fim de semana.

Do lado de fora, na BR-277, formou-se uma fila de mais de cinco quilômetros. Até ontem, segundo o Sindicato dos Transportadores de Foz do Iguaçu, cerca de 1,8 mil veículos aguardavam pela fiscalização. A entidade, representantes dos motoristas e dos fiscais conseguiram pôr fim à manifestação depois de uma reunião onde os trabalhadores federais prometeram liberar até 12h de hoje os caminhões que estiverem com a documentação correta.

Além dos 30% do total de fiscais que estão trabalhando por determinação do ministério mesmo com a greve, outros cinco chegaram ontem para reforçar o trabalho.

Prejuízo

?O protesto foi a forma que encontramos de pressionar também o governo federal sobre nossa situação?, conta o motorista Antônio Turcato, que está transportando adubo para o Paraguai. Ele espera na fila da fiscalização desde o dia 8, e afirma já ter tido um prejuízo de R$ 1,2 mil. ?Têm muitos motoristas que estão sendo liberados e não estão transportando cargas perecíveis. Não entendemos por que isso está acontecendo. Isso é um descaso?, questiona.

O representante dos fiscais, Jorge Vendruscolo, garantiu que o trabalho será feito de acordo com a chegada dos motoristas. Alguns deles relataram perdas de mais de R$ 15 mil. Para parada no local é cobrada uma taxa. A cada 6 horas, os caminhoneiros precisam desembolsam R$ 15. Alguns já estão parados há dez dias.

Vendruscolo se defende dizendo que, além da greve, a fila também é ocasionada pelo fim de ano, que aumenta o tráfego na fronteira. ?E de maneira alguma os fiscais estão cobrando para liberar os veículos?, afirma. Os fiscais federais agropecuários estão em greve desde o último dia 7, e a paralisação deve ocorrer por tempo indeterminado. Segundo o Ministério da Agricultura no Paraná, pelo menos 80% dos fiscais do Estado aderiram à paralisação.

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