Proposto novo modelo de TV paga

São Paulo

  – Depois de patinarem por anos sem nunca atingir rentabilidade, as empresas de TV por assinatura decidiram se unir na busca por uma solução para o setor. O resultado dessa ação conjunta é um novo modelo de negócios que praticamente reinventa o segmento. Entre as mudanças propostas está a criação de empresas para assumir a infra-estrutura (rede de cabos e MMDS) hoje pertencentes às operadoras, fim da exclusividade de programação e trabalho em parceria com as TVs abertas, além da possibilidade de utilizar as atuais redes das TVs por assinatura para servir como plataforma para a futura TV digital.

Na essência da proposta de mudança está a necessidade de aumentar a base de assinantes, hoje em 3,6 milhões em todo o País. “O setor enfrenta dificuldade de crescimento nos últimos anos”, comenta o diretor-executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg, que reconhece como imprescindível que a TV por assinatura chegue nas classes B- e C+.

Para atingir esse objetivo, o segmento se mirou no sucesso da indústria automobilística, que conseguiu aumentar as vendas com o lançamento dos chamados carros populares. O modelo 1.0 das empresas de TV paga é um pacote básico de canais com preço inferior a R$ 30, capaz de atrair consumidores de menor renda com uma programação que atenda às necessidades dessas classes. Uma das condições para se montar o pacote básico é o fim da exclusividade de programação, usada até hoje como diferencial entre as operadoras.

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