Projetos da Mineropar para atrair iniciativa privada

A Mineropar, empresa vinculada à Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, está fazendo um levantamento de jazidas de minerais não-metálicos no Paraná. O levantamento faz parte do projeto “Rochas e Minerais Industriais no Estado do Paraná” que vai mapear as ocorrências de minerais não-metálicos de todo o Estado para a exploração industrial pela iniciativa privada. Segundo o gerente do Núcleo de Geologia e Fomento Mineral da Mineropar, Luís Tadeu Cava, o projeto é extenso e vai durar pelo menos quatro anos.

O projeto abrangerá a Região Metropolitana de Curitiba, de Castro e Ponta Grossa, Norte Velho, Norte Pioneiro e Região Central do Estado. “As regiões mais carentes do Paraná, como o Vale da Ribeira também estão no roteiro da Mineropar”, destaca Cava, explicando que o projeto “é sistemático e está sendo realizado ao mesmo tempo de outros para a identificação e ampliação das jazidas de calcário, argila e areia, que são de uso social para a construção civil”.

O Paraná possuía em 2000 mais de 2.400 indústrias de mineração extrativista e de transformação de bens minerais. As indústrias de minerais não-metálicos – cerca de 800 entre formais e informais -estão concentradas na sua maioria na Região Metropolitana de Curitiba e exploram argila, areia, brita, saibro, dolomito e calcário, com o objetivo de atender a demanda de cimento de cal agrícola e para a construção, artefatos de cimento, cerâmica vermelha, revestimentos, louças em porcelana e faiança, além de agregados necessários à construção civil.

Nova visão

Com o incentivo a projetos desse porte como o “Rochas e Minerais Industriais no Estado do Paraná”, a Mineropar enfatiza seu papel de empresa pública, fomentadora das atividades iniciais que dão suporte à iniciativa privada na exploração de jazidas e oferece sua experiência técnica à comunidade.

O presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni, afirma que as atividades de pequeno e médio porte na área de mineração, vocação da maior parte do setor mineral no Estado, podem se constituir em excelentes oportunidades. Segundo Salamuni, não só a produção de minerais industriais tem um grande potencial econômico, mas também poderia ser o caminho para assegurar o desenvolvimento das regiões mais carentes do Paraná.

Um documento encomendado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) aponta que os investimentos pequenos, mas constantes, e somado aos esforços tecnológicos, podem estimular um grande número de oportunidades e alavancar novos negócios de base mineral no curto e médio prazo. O documento mostra ainda que o mercado brasileiro segue tendência internacional e começa a procurar investimentos na área de minerais não-metálicos como magnesita, caulim, talco, barita, bentonita, utilizados, por exemplo, na indústria de cerâmica, tintas, plásticos e papel. Nas últimas décadas, estes minerais ganharam destaque no mercado internacional, principalmente nos países mais desenvolvidos.

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