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Projeção para IPCA de 2019 sai de 3,54% para 3,45% no Focus do BC

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o indicador oficial de preços – em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,54% para elevação de 3,45%. Há um mês, estava em 3,71%. A projeção para o índice em 2020 foi de 3,82% para 3,80%. Quatro semanas atrás, estava em 3,90%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

As expectativas mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020. Elas constaram na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado no fim de julho. Na ocasião, o colegiado reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,50% para 6,00% ao ano.

Em 6 de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA avançou 0,11% em agosto. No ano, a taxa acumulada é de 2,54% e, em 12 meses até agosto, de 3,43%.

Top 5

No Focus desta segunda-feira, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 passou de 3,50% para 3,40%. Para 2020, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,73%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,71% e 3,90%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em 3,80%, ante 3,75% de um mês atrás. A estimativa para 2022 no Top 5 permaneceu em 3,75%, ante 3,60% de quatro semanas antes.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,54% para 3,43%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 89 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,70%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,81% para 3,79%. Há um mês, estava em 3,90%. A atualização no Focus foi feita por 87 instituições.

12 meses à frente

A inflação suavizada para os próximos 12 meses desacelerou de 3,53% para 3,41% da semana passada para esta, conforme o Relatório de Mercado Focus.

Os economistas do mercado financeiro também alteraram a previsão para o IPCA em setembro de 2019, de alta de 0,15% para elevação de 0,09%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,20%.

Para outubro, a projeção no Focus foi de alta de 0,20% para elevação de 0,16% e, para novembro, foi de alta de 0,25% para 0,24%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,27% e 0,24%, respectivamente.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus indicou ainda alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 4,60% para 4,50%. Para 2020, a mediana passou de alta de 4,30% para elevação de 4,20%.

Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,80% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,40% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020.

IGPs

A pesquisa do BC mostrou também que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2019 passou de alta de 5,48% para elevação de 5,07%. Há um mês, estava em 6,28%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,07% para elevação de 4,05%, ante 4,11% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

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