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Projeção de alta do IPCA de 2019 passa de 3,84% para 3,82% no Focus do BC

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o indicador oficial de preços – em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 24, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,84% para elevação de 3,82%. Há um mês, estava em 4,07%. A projeção para o índice em 2020 foi de 4,00% para 3,95%. Quatro semanas atrás, estava em 4,00%.

O relatório trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020. Elas constaram no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada. Na ocasião, o BC manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, pela décima vez consecutiva.

Top 5

No Focus desta segunda-feira, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 3,84% para 3,79%. Para 2020, a estimativa do Top 5 seguiu em 4,00% . Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,15% e 4,10%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 também ficou em 3,75%, mesmo porcentual de quatro semanas antes.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,83% para 3,80%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 89 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,10%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,99% para 3,90%. Há um mês, estava em 4,00%. A atualização no Focus foi feita por 83 instituições.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus indicou nesta segunda-feira manutenção na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano seguiu em alta de 5,20%. Para 2020, a mediana permaneceu em alta de 4,40%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,28% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,40% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,3% em 2019 e 5,0% em 2020. Estes porcentuais serão atualizados na ata da última reunião do Copom que será publicada na terça-feira, 25.

IPCA de junho

Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA em junho de 2019, de deflação de 0,01% para deflação de 0,02%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,27%.

Para julho, a projeção no Focus seguiu em alta de 0,20% e, para agosto, com elevação de 0,12%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,20% e 0,12%, respectivamente.

No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,57% para 3,56% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,56%.

IGP-M

O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2019 passou de alta de 5,98% para elevação de 6,12%. Há um mês, estava em 5,91%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,10% para elevação de 4,13%, ante 4,00% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

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