Produtos orgânicos brasileiros vão para os EUA

Produtos alimentícios do Brasil estarão disponíveis nas prateleiras da rede varejista norte-americana Whole Foods Market a partir de novembro. Isto porque o segmento de produtos orgânicos brasileiros fechou um grande negócio. Por meio do Projeto Orgânicos do Brasil, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Agência de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil) e Instituto Paranaense de Desenvolvimento (IPD), seis empresas brasileiras firmaram contrato de exportação com a rede varejista dos Estados Unidos.

Pelo contrato, a rede norte-americana distribuirá para as lojas da costa oeste dos Estados Unidos produtos das empresas brasileiras Jasmine (cookies, feijão, soja, arroz, açúcar e farinha), Nutrimental (barra de cereais), Renks (frutas exóticas em barras), Ecoçucar (açúcar mascavo), Fazenda e Casa (legumes em conserva) e Tradeland (mel). No total, serão cerca de 40 itens diferentes distribuídos entre as empresas exportadoras.

O primeiro lote de produtos orgânicos brasileiros seguirá para a importadora, que é uma das maiores redes varejistas de alimentos orgânicos e naturais do mundo, até o final do mês de outubro e será dividido entre 24 lojas da rede, que conta com um total de 187 unidades nos Estados Unidos e Reino Unido.

A aproximação das empresas brasileiras com a rede varejista norte-americana, que registra cerca de US$ 4,5 bilhões em vendas por ano, começou na Biofach Japão 2006, feira internacional de orgânicos realizada em abril. ?Através do Projeto Orgânicos do Brasil, desenvolvemos as ações de promoção, com identidade visual em verde e amarelo, explicação dos produtos e valorização das marcas nacionais?, informa Ming Liu, gestor do Projeto Orgânicos do Brasil. Segundo ele, o objetivo é levar as marcas das empresas brasileiras aos maiores mercados de orgânicos do mundo. ?Para as empresas, será a entrada de seus produtos na maior e mais conceituada vitrine de orgânicos da atualidade?, afirma Liu.

O mercado de orgânicos movimenta US$ 25 bilhões por ano em todo mundo e US$ 250 milhões por ano no Brasil. Para o gestor do Projeto Orgânicos do Brasil, esta quantia poderá crescer a partir aa regulamentação da nova lei de orgânicos do País.

No Japão

Nos dias 21 a 23 de setembro, o Projeto Orgânicos do Brasil participou pela segunda vez da Biofach Japão 2006, que contou com a participação de 21 países. Na feira, promoveu um seminário durante a programação oficial do evento para apresentar a proposta da Fiep, relatar a situação atual da legislação do setor e a posição das certificadoras internacionais estabelecidas e mapear os produtos orgânicos certificados através de material fornecido pelo Ministério da Agricultura.

Na oportunidade, o representante do portal Planeta Orgânico (www.planetaorganico.com.br), Álvaro Werneck, fez uma apresentação sobre Oportunidades do Brasil na América Latina. As empresas brasileiras presentes no evento foram: Florestas (cosméticos), Triunfo (chá mate), MV Export (açaí, acerola, própolis, gengibre), Tribal Brasil (açúcar mascavo, mel, mate), Solarius (agaricus blazei – cogumelo do sol) e a Companhia Orgânica do Café. ?Para os próximos 12 meses, esperamos um volume em torno de US$1 bilhão em movimentação de mercado, no ramo do mel, extrato de açaí, própolis, açúcar mascavo, chá mate, tilápia e cosméticos orgânicos?, projeta Liu.

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