Produtores discutem mercado da cachaça

A utilização da denominação “artesanal” para a cachaça produzida em alambique tipo cebola foi uma das inúmeras questões debatidas entre os 150 participantes e os palestrantes convidados do 1.º Encontro de Produtores de Cachaça do Norte do Paraná. O encontro discutiu a grande expectativa em relação aos novos rumos da atividade. A possibilidade de agregar valor ao produto com o envelhecimento, a capacitação dos produtores e a potencialidade do setor no mercado interno e externo foram debatidas no encontro, com a presença do vice-governador, Orlando Pessuti.

 

Questões relativas à legislação, que deveria facilitar ao pequeno produtor de cachaça a colocação do produto no mercado e sair da informalidade, as normas legais de viabilizar a produção da cachaça orgânica e a atuação dos produtores em forma de cooperativa também foram debatidas.

 

O evento reafirmou a intenção por parte dos produtores de incluir a cachaça paranaense no foco de atenção das instituições oficiais e privadas para proporcionar competitividade. Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário da Seab, Carlos Roberto Bittencourt, nos próximos dias as entidades envolvidas do setor produtivo de cachaça – Seab, Emater, Sebrae, Aprocapar dentre outros – deverão realizar uma reunião para discutir a organização dos produtores e da produção e formalização de um plano de trabalho.

 

A curto prazo, o trabalho de melhoria da qualidade do produto dentro da propriedade rural será viabilizado por meio de um programa de capacitação da equipe que trabalha no alambique.

 

Paralelamente, no dia 3 de outubro, foi publicado o decreto no. 4851, definindo que cachaça é nome típico e exclusivo da bebida de aguardente proveniente da destilação do mosto fermentado da cana-de-açúcar produzida no Brasil, com graduação alcoólica variando de 38% a 48% em volume, a 20.º Celsius. Era o contraponto esperado em função da concorrência dos destilados internacionais como rum, tequila, vodca e outros, projetando o Brasil nos diversos países consumidores.

 

No Paraná, considerado o segundo produtor de cana-de-açúcar do País, depois de São Paulo, a realidade dos produtores de cachaça é bem peculiar. Em função da realização do encontro de Londrina os executores regionais do Programa Agroindústria Familiar Fábrica do Agricultor da Emater-Paraná estão realizando um primeiro levantamento pontual visando dimensionar a quantidade aproximada de produtores que estão na atividade.

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