A produção industrial do Paraná teve uma queda de 7,2% em agosto, ante julho, ficou com o índice mais baixo do País nessa comparação e foi o principal impacto no recuo de 0,1% na indústria nacional no período. Os números foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e evidenciaram o peso que as atividades na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária – que sofreram paralisações durante aquele mês -, exercem sobre os índices industriais do Estado.

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O resultado obtido na comparação mês a mês foi o terceiro negativo seguido e resultou em uma perda de 13,2% no período. A queda, porém, não se repetiu na comparação com os dados de agosto do ano passado: nesse confronto, a produção evoluiu 9,1% e teve a décima-primeira taxa positiva consecutiva.

No acumulado de 2010, a indústria paranaense também produziu mais que nos oito primeiros meses de 2009, fechando o período com crescimento de 17,9%, superior à média nacional, de 14,1%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice, em ascensão desde novembro de 2009, chegou a 13,2%.

Apesar da atividade menor em agosto, o desempenho do segundo quadrimestre do ano também foi bom para a indústria do Paraná que, juntamente com o Ceará, foram as únicas a apresentar ganho de dinamismo em relação aos quatro primeiros meses do ano. O indicador no Estado passou de 11,6% para 23,9%. A média nacional teve queda de 18% para 10,8%, no mesmo comparativo.

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O pesquisador Fernando de Lima, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), apontou que o desempenho da indústria paranaense vem se beneficiando da expansão do emprego e do crédito. Ele dá como exemplo os índices de crescimento da indústria de veículos automotores. E também destaca a influência da parada técnica da Repar no índice do mês, e lembra do impacto que o fato exerceu no setor de químicos.

Atividades

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No comparativo entre os meses de agosto de 2009 e 2010, 10 das 14 atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram aumento de produção. Confirmando a análise de Lima, os veículos automotores tiveram taxa de 73,1%, influenciada, principalmente, pela produção de caminhões e caminhões-tratores para reboques. As máquinas e equipamentos (33,3%) e os alimentos (12,1%) vieram em seguida.

Porém, a parada técnica na Repar afetou a fabricação de óleo diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo, levando a uma queda de 61,3% no setor de refino de petróleo e produção de álcool. O segmento de outros produtos químicos também foi afetado, caindo 44,3%. Outro setor que teve queda em agosto deste ano foi o de edição e impressão (-12,6%), seguido pelo de celulose, papel e produtos de papel (-1,9%).

Acumulado

No ano, os setores que mais vêm contribuindo para o bom desempenho da indústria são os de veículos automotores (68,6%), máquinas e equipamentos (36,5%), edição e impressão (12,7%) e alimentos (6,3%). O refino de petróleo e produção de álcool (-9,1%) e outros produtos químicos (-14,5%), que já vinham apresentando baixa atividade nos meses anteriores, são os que vêm exercendo o maior peso para baixo no índice de 2010.