Produção industrial do Paraná cresceu 3,5% no semestre

O Paraná apresentou no período de janeiro a maio um crescimento na produção industrial de 3,5%, segundo levantamento divulgado ontem pelo IBGE. O resultado ficou entre os três melhores do país. Junto com o Paraná, aparecem o Espírito Santo (22%) e a Bahia (4%).

Ainda segundo o levantamento, especificamente em maio o crescimento do Paraná chegou a 1,7%, o quarto melhor do país. Acima, só ficaram o Espírito Santo (23%), Bahia (17,4%) e o Rio Grande do Sul (3,5%). A média nacional no mês foi calculada em -0,3%. Nos últimos 12 meses, o Paraná alcançou um crescimento de 4,6%.

Segmentos

A pesquisa revelou em maio crescimento em 12 dos 15 setores verificados. Os principais foram mecânica (31,4%), madeira (7,7%) e produtos alimentares (1,8%). Em contrapartida, houve recuo nos segmentos de material de transporte (-18,1%) e papel e papelão (-17,5%).

Já no período e janeiro a maio, o IBGE registrou crescimento em 10 setores. As pressões mais significativas para a formação da taxa global vieram da indústria de material elétrico e de comunicações (30,2%), mecânica (16,3%) e química (3,2%). Por outro lado, os impactos negativos vieram dos setores têxtil (-14%), matérias plásticas (-14,7%) e papel e papelão (-3,7%).

Queda em seis regiões

A produção industrial apresentou em maio queda em seis das 12 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na média nacional, a produção teve queda de 0,3%, influenciada pelo desempenho negativo das seguintes regiões: Pernambuco (-7,4%) e Ceará (-5,0%), Santa Catarina (-3,0%), Minas Gerais (-2,7%), São Paulo (-2,1%) e Rio de Janeiro (-0,4%).

A influência das exportações sobre a indústria brasileira nos cinco primeiros meses deste ano colocaram o Espírito Santo e a Bahia na posição de líderes do setor no país. Os dois Estados tiveram um crescimento de 23% e 17,4% na produção em maio e de 22% e 4% no acumulado do ano, respectivamente.

No Espírito Santo, o crescimento foi apoiado em setores de exportação, como o de papel e papelão (56,0%) e de extração de petróleo (55,6%). Outras quatro apresentaram resultado positivo em maio: Nordeste (5,1%), Rio Grande do Sul (3,5%), Paraná (1,7%) e região Sul (0,7%).

Agronegócio

No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, além de ES e BA, tiveram crescimento Paraná (3,5%), Rio Grande do Sul (3,3%), Rio de Janeiro (2,4%) e região Sul (1,5%). No Rio de Janeiro e Bahia, o destaque foi a química, com o aumento da atividade de refino. Nos demais locais, os destaques setoriais foram dos segmentos mais articulados com o comportamento do agronegócio, como é o caso da indústria mecânica no Paraná e no Rio Grande do Sul.

Já entre as áreas com queda de produção no acumulado do ano, as principais pressões negativas tiveram origem em indústrias cuja demanda está concentrada no mercado interno. As taxas foram as seguintes: Pernambuco (-3,0%), Santa Catarina (-2,9%), São Paulo (-0,1%), Minas Gerais (-2,9%), Nordeste (-0,2%) e Ceará (-1,3%).

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