A produção de minério de ferro da Vale no segundo trimestre de 2019 alcançou 64,057 milhões de toneladas, queda de 12,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e 33,8% abaixo do reportado um ano antes. No semestre a Vale produziu um total de 136,9 milhões de toneladas de minério, um recuo de 23,4% na comparação com os seis primeiros meses de 2018.

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A perda, segundo a empresa, reflete principalmente os impactos decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho (MG) e condições climáticas incomuns no Sistema Norte em abril e no início de maio.

No trimestre, a empresa disse que o teor de Fe do portfólio de produtos alcançou 64,8%; o de alumina, 1,2%; e o de sílica, 3,1%.

De acordo com a mineradora, houve progresso substancial em relação aos 93 milhões de toneladas por ano de produção interrompidas no primeiro trimestre de 2019 em razão do rompimento da barragem, com a retomada das operações de Brucutu em 22 de junho, recuperando 30 milhões de toneladas de capacidade de produção.

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Em relação aos 60 milhões de toneladas ainda interrompidos, a Vale espera a retomada gradual dos 30 milhões de toneladas de produção a seco a partir do final deste ano, bem como o retorno no período de dois a três anos dos 30 milhões de toneladas restantes, incluindo neste caso o processamento a úmido.

Guidance

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No relatório, a Vale reafirmou seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas em 2019 no intervalo entre 307 milhões de toneladas e 332 milhões de toneladas. A expectativa atual é de que as vendas fiquem próximas ao centro da faixa.

A participação dos produtos premium no total das vendas subiu a 86% no segundo trimestre. Os prêmios de qualidade de minério de ferro e pelotas alcançaram US$ 13,2/t no segundo trimestre contra US$ 10,7/t no primeiro, devido principalmente, a uma maior contribuição do negócio de pelotas.

A produção de pelotas da Vale fechou em 9,071 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2019, queda de 29,3% na comparação com os 12,838 milhões do primeiro trimestre de 2019. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior o recuo foi de 25,5%.

De acordo com a empresa, o resultado foi devido principalmente à parada total das unidades de pelotização do Sistema Sul durante o trimestre, às fortes chuvas no Sistema Norte e Sudeste, bem como à manutenção nas proximidades das plantas de Tubarão.

Como resultado da parada (10 Mt de impacto, equivalente a 11 Mtpa) e devido à manutenção (5 Mt de impacto), a Vale revisou seu guidance de produção de pelotas de 60 milhões de toneladas, conforme anunciado no Vale Day, para 45 mi/t em 2019.

A produção de pelotas do Sistema Norte apresentou queda de 56,2% na comparação com o primeiro trimestre, para 535 mil toneladas. Já a produção do Sistema Sul, que engloba a de Fábrica e de Vargem Grande, encontra-se interrompida por determinação da Agência Nacional de Mineração (ANM), desde 20 de fevereiro.

A produção em Tubarão 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 foi de 6,1 Mt no segundo trimestre, ficando 1,7 Mi/t e 1,8 Mi/t abaixo do primeiro trimestre deste ano e do segundo trimestre de 2018, respectivamente, como resultado das manutenções nas plantas 1, 2, 3, e 4, da parada a frio da usina 1, bem como das chuvas anormais em maio.

As vendas de pelotas no primeiro trimestre do ano somaram 8,842 milhões de toneladas, uma queda de 33,2% ante o mesmo trimestre de 2018. No semestre a queda foi de 19,7%, para 21,156 milhões de toneladas.