A produção brasileira de cloro somou 393,4 mil toneladas de janeiro a abril, alta de 3% na comparação com o mesmo período de 2016. Já a produção de soda cáustica no quadrimestre foi de 432,3 mil toneladas, aumento de 3,1%. A elevação, contudo, não indica uma recuperação do mercado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Cloro-Álcalis e Derivados (Abiclor).

continua após a publicidade

Isto porque o crescimento está amparado numa base fraca de comparação, uma vez que em abril de 2016, houve uma parada técnica em uma das fábricas que interrompeu as operações.

continua após a publicidade

Na visão da Abiclor, a indústria de cloro e soda não está apresentando reação. “Com o agravamento da crise política, o cenário ficou ainda mais nebuloso, deixando em compasso de espera a expectativa de uma retomada do mercado interno na segunda metade do ano”, afirma, em nota, o presidente da associação, Alexandre de Castro.

continua após a publicidade

Os demais indicadores do setor também foram influenciados pela parada de produção de abril do ano passado. A taxa de utilização da capacidade instalada de janeiro a abril foi de 78,2%, alta 3,6% sobre mesmo intervalo de 2016.

As vendas internas de soda cáustica cresceram 2,9% nos quatro primeiros meses do ano, ante mesmo período de 2016. Já as vendas totais subiram 5,7%, impulsionadas pelas exportações. Em relação ao cloro, as vendas totais caíram 3,5% no período.

Entre os setores de atividade intermediários atendidos pela indústria, o destaque positivo nos primeiros meses do ano é o agronegócio, influenciado pela super safra de grãos. “Na cadeia de suprimentos do agronegócio, os defensivos agrícolas desempenham papel importante. Eles têm, em sua composição, substâncias químicas denominadas ingredientes ou princípios ativos, e o cloro é empregado na formulação da maioria dos defensivos agrícolas”, diz a Abiclor.