Preços de mercado desaceleram e fecham abril com inflação de 0,69%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou em abril e fechou o mês em 0,69%, depois de ter alcançado 0,74% no mês de março. O resultado, divulgado nesta terça-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), foi influenciado pela desaceleração dos preços no atacado.

O índice é usado para reajustar tarifas de energia elétrica, contratos de prestação de serviço e de aluguel. O IGP-M é formado pelo  Índice de Preços por Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O cálculo é feito com base nos preços coletados entre os dias 21 de março e 21 de abril.

O IPA, que representa 60% do índice geral, variou 0,65% depois de ter subido 0,96% em março. Os preços dos produtos agrícolas apresentaram queda (-1,19%), depois do avanço de 1,16% em março. Os produtos industriais tiveram elevação de 1,37%, mais intensa do que a registrada no mês anterior (0,88%).

Ainda no âmbito do IPA, foram verificadas como principais contribuições negativas as quedas nos preços da soja (de 1,87% para -7,81%); de ovos (de 16,18% para -16,43%); da laranja (de 4,39% para -11,61%); e do café (de 2,29% para -8,17%).

O IPC sofreu aceleração, passando de 0,19% em março para 0,76% em abril. Cinco das sete classes de despesa que compõem o IPC – responsável por 30% do IGP-M – apresentaram acréscimo em suas taxas.

O grupo alimentação (de -0,02% para 1,76%) foi o que mais influenciou o resultado, puxado pela alta em hortaliças e legumes (de -0,28% para 8,20%); frutas (de -2,04% para 4,82%); carnes bovinas (de -2,29% para 0,18%) e panificados e biscoitos (de 1,27% para 4,68%).

Também houve avanço em vestuário (de -0,45% para 0,83%), transportes (de 0,15% para 0,33%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,33% para 0,42%).

O INCC, responsável por 10% do IGP-M, também avançou em abril, passando de 0,59% para 0,82%, puxado pelos preços de mão-de-obra (de 0,15% para 0,82%). O resultado foi influenciado pelos reajustes salariais ocorridos nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro. Em movimento oposto, foram verificados recuos nos preços de materiais (de 1,05% para 0,91%) e de serviços (de 0,68% para 0,41%).

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