Preço do petróleo deve continuar pressionado

Depois de quebrar sucessivamente recordes históricos na semana passada, os preços do petróleo no mercado internacional devem permanecer pressionado nos próximos dias. A situação crítica das reservas mundiais disponíveis para exportação marcaram o dia-a-dia dos operadores em Londres e Nova York e semearam o terreno para especulações.

O preço do Brent chegou a ser cotado a US$ 41,50, o maior nível desde 1988, quando começou a ser negociado na Bolsa Internacional de Petróleo, em Londres. O cru leve americano também superou seu patamar histórico sucessivamente ao longo da semana, chegando a US$ 44,77, na sexta-feira, a maior cotação desde que começou a ser cotado na Bolsa Mercantil de Nova York, em 83.

A lógica dominante no mercado é a de que os níveis atuais de produção de petróleo estão no limite para atender a uma demanda crescente, sobretudo com a recuperação da economia americana e o apetite do desenvolvimento chinês.

Com isso, qualquer sinal de redução dos atuais volumes de produção provoca pânico. Na semana passada, por exemplo, o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Purnomo Yusgiantoro, disse que o cartel chegara ao limite de sua produção. Foi o suficiente para incendiar os mercados. No dia seguinte, ele voltou atrás e os operadores respiraram aliviados.

A Yukos, maior petrolífera russa, também foi protagonista da dança dos números. À beira da falência depois que o governo congelou suas contas para cobrar US$ 3,2 bilhões em impostos sonegados, a situação da empresa passou a preocupar devido ao impacto que teria nas exportações russas, o segundo maior exportador mundial de petróleo. Durante a semana, o governo de Moscou liberou o uso das contas, mas depois voltou a proibi-lo. Na sexta-feira, a Justiça considerou ilegal a pressão sobre a empresa.

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