Consumo

Preço do combustível poderia diminuir

Os paranaenses não estão nada satisfeitos com os preços pagos pelos combustíveis. Atualmente, em Curitiba, embora os donos de postos neguem que haja cartel, o preço médio cobrado pela gasolina é de R$ 2,49.

Já o álcool é encontrado, na maioria dos estabelecimentos, por R$ 1,49. Há cerca de uma semana, era possível encontrar os produtos por valores até R$ 0,10 inferiores.

“Considero os preços dos combustíveis abusivos e exagerados. Em minha opinião, o álcool não deveria custar mais do que R$ 1,00, pois é produzido dentro do próprio país. Não dá pra entender por que é tão caro e por que os valores vivem sendo alterados”, comenta o gerente de estacionamento Reginaldo Hespanhol, que utiliza o carro para ir e voltar do trabalho e roda 24 quilômetros por dia.

Esta semana, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Paraná divulgou que os consumidores podem vir a pagar ainda mais caro pelos combustíveis. Isto em função da crise internacional e também de um projeto em trâmite na Assembléia Legislativa (AL) do estado que visa aumentar a alíquota do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

“Para quem roda bastante, qualquer aumento, por menor que seja, faz diferença. “Utilizo o carro tanto para ir e voltar do trabalho quanto no próprio trabalho, para desenvolver minhas atividades profissionais. Gasto cerca de R$ 1.000,00 por mês em combustível e a notícia de que o preço pode subir me preocupa bastante”, afirma o assessor jurídico Antônio de Oliveira.

Outra queixa diz respeito à qualidade dos combustíveis. Os consumidores pagam caro, mas não estão felizes com os produtos que adquirem. “A gasolina, além de ter álcool, ainda costuma ter um cheiro forte de solvente, o que indica que o produto é de má qualidade. Isto gera problemas mecânicos nos veículos e faz com que o desempenho dos mesmos seja menor. Meu carro, que é 1.0, deveria fazer pelo menos onze quilômetros por litro. Porém, faz apenas nove”, reclama o taxista Cláudio Tieppo.

Economia

Diante da situação, o jeito é tentar economizar. Segundo os motoristas, não adianta transitar de um posto a outro na tentativa de encontrar valores mais baixos, pois os preços aplicados pelos estabelecimentos são mesmo muito parecidos. Entretanto, é possível tomar algumas atitudes para gastar menos. Uma delas é deixar o automóvel na garagem sempre que possível.

“Meu trabalho fica a seis quadras de minha casa. Por isso, opto em ir a pé ou de bicicleta. Só uso o carro quando está chovendo, quando tenho que trabalhar no fim de semana ou quando estou atrasado. Com isso, economizo entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por semana, dinheiro que me sobra para gastar com outras coisas”, declara o segurança César da Rosa Castanho.

Outra solução tem sido comprar carro Flex, que permite uso de álcool ou gasolina de acordo com a comodidade do momento, ou instalar gás natural (GNV) no veículo.

Esta última, ideal para quem anda diversos quilômetros por dia, foi adotada pelo taxista Carlos Bueno da Silva. “Fiz os cálculos e, com GNV, gasto R$ 25,00 por dia. Se utilizasse álcool, gastaria R$ 45,00. A economia vale a pena”, garante.

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