Preço do álcool pode ser reduzido

O preço do litro do álcool, que saltou de R$ 1,46, em média, para até R$ 1,70 em diversos postos de Curitiba na última terça-feira, pode voltar aos patamares anteriores. O promotor de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador, da Defesa do Consumidor, informou que deve entregar hoje ao juiz Marcel Guimarães Rotoli de Macedo, da 2.ª Vara Cível de Curitiba, um estudo mostrando que a forma como está sendo calculada a margem de 30% sobre o álcool é equivocada.

?Detectamos o problema e agora estamos realizando um estudo que será entregue amanhã (hoje) ao juiz?, afirmou. Segundo ele, o objetivo com isso é que o litro do álcool volte a ser comercializado conforme os preços anteriores. ?A idéia que os donos de postos têm é de cobrir os custos da gasolina, aumentando o preço do álcool?, comentou.

Fiscalização

Entre terça-feira e ontem, fiscais do Procon-PR passaram por 35 postos de Curitiba. Segundo o coordenador Algaci Túlio, apenas dois não haviam reduzido o preço da gasolina. Um deles corrigiu o preço enquanto os fiscais estavam no posto, e outro resistiu em alterar e recebeu um auto de constatação. A notificação será encaminhada ao juiz, que decidirá sobre a aplicação da multa. O Procon-PR não divulgou os nomes dos estabelecimentos. Segundo Algaci Túlio, a fiscalização continua enquanto a liminar concedida à Promotoria de Defesa do Consumidor estiver valendo.

Ontem, os preços do litro da gasolina eram os mais diversos: o mais barato registrado pela reportagem custava R$ 2,14, no bairro Xaxim. Outros postos, no entanto, estão vendendo a R$ 2,19, R$ 2,22, R$ 2,25 ou até mais. As variações também eram grandes no caso do álcool.

Donos de postos

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR) deve ingressar hoje o agravo de instrumento no Tribunal de Justiça, na tentativa de reverter a situação. Segundo o presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, o tabelamento da margem de lucro ?fere o princípio da livre iniciativa.? Ainda segundo Fregonese, a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) ?é esdrúxula e não reflete a realidade.? Fregonese afirmou ainda que se a decisão da Justiça perdurar, metade das revendas de Curitiba irá quebrar. ?Esperamos reverter o quadro e ter a situação normalizada o quanto antes.? (Lyrian Saiki)

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