Povo não nota deflação

São Paulo

– A deflação apontada pelos institutos de pesquisa não é percebida pelo consumidor. Enquete realizada ontem pelo portal estadao.com, com internautas de todo o País, mostra desconfiança em relação aos índices de preços. O empresário Ivan de Abreu Aureli, de 66 anos, dono de uma microempresa revendedora de aparelhos de fax, é um dos que põem em dúvida o resultado dos índices que mostram deflação.

“Os preços estão cada vez mais elevados. Há dois meses, eu gastava semanalmente entre R$ 60 e R$ 70 no supermercado. Hoje, desembolso pelos mesmos produtos de R$ 120 a R$ 130”, argumenta. Em suas idas ao supermercado, o empresário notou que diversos produtos, como o molho de tomate, a geléia e o azeite, “subiram uma barbaridade”.

As pesquisas da Fipe e do Dieese, de fato, confirmam a disparada dos preços nos últimos 12 meses. Apesar da deflação em junho, os preços acumulam altas recordes no período. No caso dos alimentos, o aumento médio em 12 meses chega a 23,04%, segundo o IPC-Fipe, apesar da queda de 1,35% ocorrida em junho.

Voltar ao topo