Potencial do Paraná interessa a chineses e coreanos

Empresários, políticos e banqueiros da China e da Coréia do Sul estão de olho no potencial do mercado paranaense. Somente na última semana, a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, recebeu duas comitivas destes países, que vieram especificamente ao Estado para buscar novas oportunidades de comércio bilateral. “Eles querem comprar e vender. Sabem que nós temos matéria-prima e eles detêm tecnologia. O interesse é um intercâmbio de produtos e idéias”, resumiu o secretário Luis Guilherme Mussi.

Para a China, as principais áreas de interesses comuns são agronegócios, turismo, minérios, medicina e alguns ramos da indústria. Os representantes da Câmara de Comércio Brasil-Taiwan-China, destacaram ainda a atração de indústrias paranaenses para instalação no pólo industrial de Taiwan; compra de alimentos como derivados da soja, carne, café e outros, além de investimentos em joint-venture com empresas chinesas. Hoje a China possui em seu território 364 mil empresas joint-venture com 15 países”, destacou Chiu Cheng Yen, presidente da Câmara.

Outro forte ponto de interesse é o intercâmbio cultural e tecnológico através de alunos e professores universitários. Em contrapartida, eles querem exportar tecnologia, “know how” em atividades como reforma agrária, fitoterapia, acupuntura, e buscam benefícios para instalarem aqui indústrias e fábricas que teriam a China como principal mercado consumidor.

A China é um mercado promissor sob todos os pontos de vista. O país concentra 20% da população mundial, cerca de 1,3 bilhão de pessoas. A economia chinesa é uma das que mais crescem no mundo, cerca de 8% ao ano e, em 2002, foi o país que recebeu os maiores investimentos estrangeiros. “Nos últimos dois anos, esse comércio cresceu 300% e nossa pasta vai estimular ao máximo o empresariado paranaense a negociar ainda mais com a China”, justificou Mussi.

Coréia

As intenções da Coréia com o Brasil são basicamente as mesmas. Atualmente, eles importam milho, soja, óleo, couro, café, carne, entre outros. Além de expandir os negócios nas áreas de turismo e tecnologia, os coreanos querem adaptar a produção dos itens adquiridos por eles. É o caso do café, que já foi incorporado à rotina daquele povo, mas que eles preferem mais suave. “Eles querem comprar mais, mas buscam mercadorias com tecnologia mais avançada e é exatamente esse repasse que oferecem aos empresários paranaenses”, afirmou Mussi.

Com os dois países, a Secretaria estará desenvolvendo estudos técnicos e de comércio conjunto e, possivelmente, organizando caravanas de empresários para visitas às principais feiras e centros consumidores e produtores.

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