A Positivo Informática espera manter em 2015 o ritmo de investimentos deste ano e, enquanto aporta recursos na fabricação de smartphones no Brasil, espera que a queda nas vendas de PCs seja atenuada, afirmou o presidente da empresa, Hélio Rotenberg, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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Em 2014, a Positivo Informática investiu no início da produção própria de smartphones em sua fábrica de Curitiba. De acordo com Rotenberg, um próximo passo poderia ser a implantação de melhorias no parque fabril para permitir a produção de aparelhos com a tecnologia 4G embarcada.

O desafio da empresa é equilibrar dois mercados com tendências opostas. As vendas de notebooks vêm caindo. No acumulado dos nove meses de 2014, a retração foi de 28,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, os tablets cresceram 1,1% e a alta foi de mais de 500% nos smartphones. “O que os institutos de pesquisa estão dizendo é que os PCs param de cair no ano que vem. E ainda esperamos ter um crescimento significativo em telefones”, afirma Rotenberg.

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A companhia ainda gosta de dizer que lidera o mercado de PCs no Brasil. Embora admita que durante alguns meses no passado chegou a perder o posto para chinesa a Lenovo, a Positivo afirma que se mantém como a maior vendedora de computadores do Brasil há dez anos.

Segundo a empresa, sua fatia de mercado no terceiro trimestre deste ano atingiu 16,6%, sendo de 17,1% em notebooks e de 15,6% em desktops. Os dados levam em conta medições da consultoria IDC.

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A estratégia de apostar em computadores de preços mais acessíveis do que a média do mercado também vem sendo usada para tablets e smartphones. Questionado sobre as investidas de gigantes mundiais nestes negócios, Rotenberg destaca a experiência da companhia em negociações com varejistas, empresas e governos como uma vantagem. “A entrada das multinacionais nos nossos mercados aconteceu a partir de 2009, Todas querem ocupar todas as faixas de preço. E isso (o mercado de entrada) já não é um privilégio nosso há alguns anos.”

Já o dólar apreciado tende a pesar sobre os custos da companhia. O executivo defende que essas altas vão continuar sendo repassadas aos preços finais. “Já houve repasses em outubro e haverá novos”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.