Porto volta a operar após dois dias de paralisação

O Porto de Paranaguá voltou a operar normalmente ontem, depois de dois dias de paralisação dos trabalhadores portuários avulsos da categoria de arrumadores. Eles entraram em acordo com o Órgão Gestor de Mão-de-Obra do Paraná (OGMO-PR) e as chamadas para o trabalho voltaram a ser feitas na sede do sindicato, como eram feitas anteriormente. O acordo vale por uma semana e novas rodadas de negociações devem ocorrer. Para cada dia de paralisação do porto, o país tem prejuízo de R$ 12 milhões em arrecadação.

Segundo a Administração do portos de Paranaguá e Antonina (APPA), na quinta-feira, quando começou a paralisação, 12 navios estavam atracados e outros 13 estavam ao largo. Mais 11 estão programados para chegar hoje. A APPA prevê que até amanhã a programação de embarque dos navios esteja normalizada. Já se trabalhava com a possibilidade de atrasos devido ao mau tempo dos últimos dias.

Os arrumadores voltaram à atividade na sexta-feira, às 19h, na troca de turno, após acordo com o OGMO-PR. Os representantes da categoria querem que as chamadas diárias para o trabalho voltem a ser feitas no sindicato com a permanência de um sistema próprio de escalação e não no ponto de chamada do OGMO. O que temporariamente voltou a ocorrer, mas depende de novas negociações. Há 2 mil arrumadores em Paranaguá que, junto com as outras categorias de trabalhadores portuários, elevam para 6 mil o total de pessoas à espera da chamada para o trabalho.

A escalação passou a ser feita na sede do OGMO-PR depois de uma determinação do Ministério Público do Trabalho. Na quinta-feira, alguns arrumadores revoltados, queixando-se das condições do armazém onde fica o ponto de chamada, botaram fogo no local, paralisando a chamada de todas as categorias. Entretanto, a briga entre o OGMO-PR e os arrumadores vai mais longe. Em março eles criaram um conselho sindical para participar das decisões tomadas pelo órgão, já que a Lei 8.630, que criou o OGMO-PR, prevê a participação dos trabalhadores. Eles também querem saber o que é feito com a taxa de 8%, descontada dos salários.

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