Porto investe à espera de nova safra de grãos

A importância do complexo de cereais a granel para o Porto de Paranaguá pode ser avaliada pelo volume movimentado em 2002 pelos terminais públicos e privados instalados no porto paranaense. A soja em grão correspondeu a 5,1 milhões de toneladas e o farelo fechou o ano com 5,4 milhões de toneladas. Ainda no setor de granéis, foram movimentados 2,2 milhões de toneladas de açúcar e exatos 2 milhões de toneladas de milho.

A soma destas cargas ultrapassa a casa do 14 milhões de toneladas, correspondendo a mais de 50% do total movimentado pelo Porto de Paranaguá, que em 2002 movimentou exatos 28.518.549 toneladas.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, perdendo apenas para os Estados Unidos. Mas, pela primeira vez na história, a América do Sul vai produzir mais e reverter esta vantagem. Serão 88 milhões de toneladas sul-americanas contra as pouco mais de 74 milhões de toneladas americanas. Do total produzido na América do Sul, 48,5 milhões de toneladas virão do Brasil. Destas, o Paraná colherá 10,5 milhões de toneladas, 11,7% a mais que em 2002, sendo que, pelo menos, a metade será exportada pelo Porto de Paranaguá.

Investimentos

O Porto de Paranaguá já se prepara para atender a demanda através de dois principais quesitos: qualidade nas operações e fortalecimento da tradição do Porto de Paranaguá como o maior exportador de grãos do Brasil. “Somos o principal canal de escoamento da safra de grãos do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, parte de Santa Catarina, o Paraguai e a Bolívia. Estamos preparados para atender a demanda atual de produção e a que prevê crescimento, como a brasileira”, disse o superintendente da Appa, Eduardo Requião.

Para atender a demanda esperada para 2003, a Appa está investindo cerca de R$ 1,3 milhão nos serviços de manutenção do Corredor de Exportação, complexo que conta com seis shiploaders (carregadores de navios), com capacidade de embarque de 1.500 toneladas/hora cada, correias transportadoras, moegas, balanças, elevadores e outros equipamentos adequados à atividade portuária.

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