“Em breve o Porto de Paranaguá reativará seu terminal público de contêineres”, afirmou o Superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Eduardo Requião. Os estudos para o retorno das atividades do terminal administrado pela APPA já começaram e dentro de 90 dias os resultados estarão nas mãos do Superintendente da APPA. “Com os estudos teremos maior consistência sobre a reativação deste terminal que pretende ser a alternativa do Porto de Paranaguá para seus usuários”.
Eduardo Requião afirmou que o monopólio da atividade prejudica todo o sistema portuário. “Acredito que não há a necessidade de mantermos uma organização com o monopólio dos valores cobrados pelo terminal. Podemos oferecer outros valores e na medida em que estabeleçamos esta concorrência, ganharão todos aqueles que se utilizam do porto e aqueles que têm preços melhores”.
Privatização
Sobre a privatização de novos terminais no Porto de Paranaguá, o Superintendente da APPA confirmou a disposição do governador Roberto Requião em não dar seqüência ao processo de privatização de terminais nos portos do Paraná. “Não existe qualquer possibilidade de novos terminais serem privatizados no Porto de Paranaguá”. A possibilidade da privatização do Silão e do Corredor de Exportação aventada há algum tempo foi descartada por Eduardo Requião. “Nossa proposta é manter estes dois complexos na mão do Estado”, declarou o dirigente.
Desde o ano passado, o Porto de Paranaguá passou a ser uma delegação do Governo Federal. Entre as metas da nova gestão é o retorno ao antigo sistema de concessão, “que nos permite maior poder de competência na gerência da coisa pública e também maior liberdade enquanto administradores públicos”, completou Requião.
A paralisação de todos os processos de licitação (entre elas algumas para operações privadas no Porto), teve o objetivo de proporcionar maior oportunidade para a avaliação da situação em que se encontravam os portos do Paraná. Um destes processos, por exemplo, trata da licitação do Terminal para Descarga de Granéis Sólidos, para movimentação de fertilizantes que, segundo Eduardo Requião, deverá ter continuidade. “Há que se destacar que, mesmo sendo operado pela iniciativa privada, o terminal continuará sendo público”, finalizou o Superintendente da APPA.