Porto de Antonina espera movimentação 57% maior

A direção do porto de Antonina espera movimentar este ano cerca de um milhão de toneladas em mercadorias, o que representa um acréscimo de 57% em relação ao resultado alcançado no ano passado, quando o total de carga movimentada chegou a 636 mil toneladas. A movimentação deverá ser incrementada principalmente com o aumento das exportações de madeira e compensados, cargas congeladas e lingotes de ferros.

O aumento de cargas está condicionado em parte à execução das obras para o aumento do calado do porto. Mas, para evitar problemas, o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, já determinou a execução de estudos sobre a obra..

Também para dar suporte ao crescimento previsto, será inaugurada no mês que vem no terminal da Ponta do Félix uma segunda câmara frigorífica para armazenamento de cargas congeladas. O terminal já opera com uma câmara frigorífica com capacidade de 6 mil toneladas e a segunda câmara deverá ter capacidade de 7 mil toneladas.

Segundo o diretor do Porto de Antonina, Juarez Moraes e Silva, o investimento foi programado diante das boas perspectivas de exportação de carnes. “Este ano, o porto de Antonina espera exportar 250 mil toneladas de congelados, entre carnes bovina, suína e de aves”, calcula. No ano passado, as vendas externas desses produtos chegaram a 163 mil toneladas.

Matarazzo

Outra expectativa para este ano no porto de Antonina é o retorno das operações do terminal Matarazzo. O terminal deve voltar a ser mantido pela família Matarazzo depois de ter encerrado suas atividades no município há 31 anos. “O terminal Matarazzo em Antonina é um símbolo de progresso e criação de empregos”, afirma Juarez Moraes e Silva..

O porto de Antonina já opera com dois terminais, o Ponta do Félix, administrado por fundos de pensão, e o Barão de Teffé, que é público. O terminal Matarazzo será o terceiro terminal a entrar em operação, o que dará mais agilidade na atração de cargas no município.

Ainda de acordo com a direção do porto, a intenção da família Matarazzo é explorar um nicho de mercado, ainda muito forte, que é a operacionalização com navios com até seis metros de calado. Para isso, já estão previstas obras de aprofundamento do canal de acesso. A família Matarazzo retornou às operações em Antonina, há três anos, com a exploração da estrutura própria de armazenagem.

Ferrovia

Para sustentar o aumento da movimentação de mercadorias que se espera com as obras de melhoria no porto, a Appa também está reivindicando à América Latina Logística (ALL) que faça melhorias no ramal ferroviário, de 17 quilômetros, entre os municípios de Morretes e Antonina. Essa iniciativa é mais rápida que a construção da rodovia que ligaria os dois municípios.

Com a operacionalização do ramal ferroviário, Moraes e Silva acredita também que haverá um alivio no trânsito de caminhões dentro da cidade de Antonina. Por outro lado, ainda servirá como atração de volume maior de cargas, porque vai permitir a agilidade nas operações.

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