Pólo automotivo torna os EUA parceiro do Paraná

O surgimento do segundo maior pólo automotivo do país no Paraná não só ampliou as exportações como transformou os Estados Unidos no maior parceiro comercial do Estado. Um dos mercados consumidores mais exigentes do mundo, os EUA são responsáveis por cerca de 22% de tudo o que o Paraná vende ao mercado externo.

Em valores, o comércio de produtos paranaenses com o mercado norte-americano subiu de US$ 878 mil (1999) para US$ 299 milhões (2000) e para US$ 592 milhões (2001). De acordo com a Secretaria da Indústria e Comércio, o aumento do intercâmbio aconteceu em 1999, ano em que começaram as exportações de veículos e auto-peças produzidas no pólo do Paraná. Um anos antes, os EUA eram o quinto parceiro comercial dos paranaenses.

Os dados, baseados em informações fornecidas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, revelam ainda que em 1998 a participação do setor automotivo no conjunto das exportações aos Estados Unidos era de apenas 0,14%. Um ano depois, foi para 0,24%. Em 2000, já era de 46% e em 2001 de 63%.

Segundo a Audi-Volkswagen, empresa do setor automotivo paranaense que mais exporta para os Estados Unidos, de 2000 até junho de 2002, as exportações do veículo Golf (a diesel e a gasolina) chegaram a 64.300 unidades.

Potência – “O fato de termos os Estados Unidos como maior comprador do Paraná tem um grande significado”, analisa o governador Jaime Lerner. “Além de um dos maiores e mais exigentes mercados do mundo, são também a maior potência econômica do planeta, o que garante maior estabilidade ao comércio exterior do Estado”.

O governador lembra também que a crise na Argentina afetou todo o comércio bilateral com o Brasil, sem excluir o Paraná. “No entanto, sofremos menos com a balança comercial graças a ampliação da parceria com os Estados Unidos”, analisa Lerner A Argentina que já foi a segunda maior parceira do Estado hoje é a décima primeira.

O Paraná fechou os primeiros cinco meses do ano com um superávit de US$ 225 milhões na sua balança comercial. Só o setor automotivo contribuiu com US$ 262 milhões em exportações. Com esse resultado, o Estado participou com 11,7% do saldo alcançado pelo Brasil, que fechou o período com US$ 1,931 bilhão.

Esse foi o maior superávit do Paraná registrado em períodos de janeiro a maio, desde 1997. As vendas externas paranaenses nos cinco primeiros meses de 2002 garantiram divisas de US$ 1,630 bilhão ao Estado, das quais quase dois terços de produtos industrializados. As importações ficaram em US$ 1,405 bilhão. .

Maio – Só em maio, segundo o levantamento, as exportações paranaenses geraram uma receita de US$ 364,982 milhões. As importações atingiram US$ 312,627 milhões. Assim, o superávit da balança comercial do Paraná no mês ficou em US$ 52,36 milhões, o que resultou num aumento de 50,7% em relação ao mês anterior.

Especificamente em maio deste ano, as vendas para o mercado norte-americano representaram 25,82% das exportações do Estado. Na seqüência, estão o Reino Unido (8,67%), México (5,25%), China (5,20%), França (4,68%), Espanha (3,80%), Alemanha (3,80%), Japão (3,19%), Argentina (2,70%), Países Baixos (2,56%), Canadá (2,56%), Itália (2,46%) e Irã (2,34%).

Entre as principais origens das importações paranaenses em maio de 2002, estão a Nigéria (21,49%), Alemanha (14,82%), Argentina (9,44%), Congo (8,62%), EUA (7,37%), França (5,99%), Paraguai (3,91%), Itália (2,06%), Israel (2,02%), México (1,68%), Japão (1,57%), Suécia (1,56%) e China (1,49%).

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