Plano Real completa 9 anos quase esquecido

O Plano Real completou esta semana – quase esquecido – nove anos, tendo como principais inimigos da moeda os reajustes dos aluguéis e das contas de telefone fixo. Segundo dados do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, a inflação acumulada na cidade de São Paulo neste período chegou a 132%. Os preços que mais subiram foram o dos aluguéis (540%) e da conta de telefone fixo (512%).

As tarifas de telefonia tiveram no período uma alta bem superior as da energia (190%) e da água e esgoto (171%). A maior queda de preço também foi registrada no setor: as linhas telefônicas ficaram 98% mais baratas.

O primeiro ano do Real (julho de 1994 a junho de 1995) registrou a maior inflação em 12 meses do período, 32,31%. A partir daí, o índice apresentou queda até junho de 1999, quando houve a única deflação neste tipo de comparação (-0,50%).

Entre julho de 1999 e junho de 2000, a inflação voltou a subir, para 6,90% no acumulado deste meses, devido à desvalorização do dólar. Nas comemorações do sétimo e oitavo ano do Plano, a inflação apresentou novo declínio, para taxas de 6,23% e 5,75%.

Mas a desvalorização do câmbio no ano passado interrompeu a tendência de queda e fez com que a inflação acumulada em 12 meses chegasse ao nono aniversário do Real em 14,22%. Dessa forma, o nono ano do Plano foi o terceiro pior em termos de inflação, perdendo apenas para as taxas dos dois primeiros, de 32,31% e 17,84%.

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