O plano emergencial para o setor automotivo já está em marcha. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já teria autorizado a liberação do projeto, segundo o ministro do Planejamento, Guido Mantega. “Ele (Lula) foi quem tomou a iniciativa para determinar que o plano fosse posto em marcha”, disse ontem Mantega, que participou do seminário “Como financiar o crescimento”, promovido pelo jornal Valor Econômico em São Paulo.
O plano emergencial teria como objeto a renovação da frota de veículos usados. Para incentivar a troca na compra do carro novo, o governo baratearia o crédito e alongaria o prazo de pagamento para os consumidores. Já as montadoras teriam incentivos fiscais, como redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
“O governo não sairá perdendo com essas medidas. Apesar de perder no unitário, sairá ganhando no acumulado”, disse ele, referindo-se à receita fiscal obtida por meio do aumento da venda de carros. Mantega afirmou ainda que é importante liberar um plano para o setor automotivo “que tem um efeito multiplicador”, gerando empregos em outros setores, como o de autopeças e de borracha.
Segundo o ministro, a crise do setor é passageira e prova disso é que as montadoras optaram por dar férias coletivas aos funcionários ao invés de demiti-los. Para mantega, essa atitude mostra que o setor automotivo pensa no retorno desses empregados ao final das férias.