Enquanto trabalha para realizar leilões de 23 portos, aeroportos e ferrovias nos primeiros 100 dias de governo Jair Bolsonaro, o Ministério de Infraestrutura avança para que o ritmo de concessões possa ser mantido ao longo de todo o governo. O ministro Tarcísio Freitas indicou que pretende lançar em breve um grande pacote de rodovias, que ainda não está qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

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Ele citou trechos como BR-381/MG, BR-262/ES e BR-163/PA, que já estão com estudos preliminares mais adiantados e devem ir para consulta pública em breve. Mas, além destes, também deve ser avaliada a possibilidade de concessão da BR-430/PA, correspondente a um trecho da Transamazônica; BR-101 no Nordeste; BR-476 e BR-153, entre Santa Catarina e Pará; BR-280/SC; BR-364/RO e BR-364 e 060 entre Goiás e Mato Grosso. “Isso tudo ainda tem que ser estudado para ver se há viabilidade”, comentou.

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Segundo ele, a expectativa é que ao longo do governo possam ser leiloadas rodovias que receberão ao longo dos 30 anos de concessão até R$ 100 bilhões em investimentos.

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Porto de Santos

A privatização do Porto de Santos não está nos planos do governo federal, disse o ministro, que negou, também, a possibilidade de o governo federal delegar o porto para o Estado de São Paulo, muito embora o governador paulista, João Doria, venha reiterando, em discursos a diferentes públicos, a intenção de privatizar o porto.

“Primeiro, o porto é nosso”, disse o ministro, ao ser questionado sobre as frequentes declarações de Doria. Perguntado, então, se o governo poderia delegar ao Estado o porto, ele respondeu: “Não, não vai delegar, já falei com ele isso”. Freitas disse ainda que a eventual privatização do Porto de Santos “não está em discussão agora”.

Freitas participou nesta terça, 29, de evento promovido pelo Credit Suisse, onde discursou, na manhã, o governador paulista. Na ocasião, falou que a venda do porto, de 23 aeroportos e de estradas estaduais estão entre as prioridades de sua gestão.