O secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Maurício Muniz, comentou nesta terça-feira, 27, durante evento em São Paulo, que, no caso das rodovias previstas no Programa de Investimento em Logística (PIL) de 2015-2018, cinco estudos já foram entregues e outros 11 estão autorizados pelo governo. No caso das ferrovias, há dois estudos entregues e três autorizados. As informações foram dadas por meio de nota divulgada pelo Ministério do Planejamento.

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“No setor aeroportuário, esta semana foram entregues os estudos relativos aos aeroportos de Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Florianópolis (SC). Sobre portos, cerca de 30 estudos já foram finalizados – também esta semana, foram recebidos projetos relacionados a terminais portuários em São Francisco do Sul (SC), Rio de Janeiro (RJ), Complexo Industrial Portuário de Suape (PE) e Santos (SP)”, diz o texto da nota.

De acordo com Muniz, as concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos previstas no PIL têm investimentos projetados da ordem de R$ 198,4 bilhões e serão ofertadas por meio de leilões. Segundo o secretário, a primeira etapa para viabilizar as concessões é a realização dos estudos e projetos, quando os potenciais investidores atendem ao chamado do governo. Em seguida, os estudos entregues deverão ser analisados e encaminhados para consultas e audiências públicas e depois seguirão para avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). Se aprovadas, seguem para leilão.

O Processo de Manifestação de Interesse (PMI) é o mecanismo pelo qual o governo solicita à iniciativa privada estudos e projetos a serem utilizados nas modelagens idealizadas pela administração pública. As empresas deverão acompanhar a abertura de PMI por meio de editais de chamamento público e, em seguida, são dadas as autorizações para apresentação dos projetos. Então, o governo deverá avaliar e selecionar os melhores estudos. A remuneração da elaboração de projetos realizados pelas empresas é feita pelo vencedor da concessão, fixada no teto de 2,5% do valor total estimado do investimento.

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“Cada estudo desses custa milhões de reais às empresas, que só serão ressarcidas se houver sucesso no leilão. Isso, por si só, já demonstra o grande interesse e participação da iniciativa privada no processo de concessões”, afirmou Muniz.

Durante o evento, o secretário do Planejamento reafirmou os números do PIL, que mostram que, entre 2015 e 2018, serão concedidos 7 mil quilômetros em 16 rodovias, alcançando R$ 51,4 bilhões em investimentos. Em relação à malha ferroviária, o programa prevê a aplicação de R$ 86,4 bilhões na construção, modernização e manutenção de 7,5 mil quilômetros de linhas férreas. No setor portuário, serão R$ 37,4 bilhões em investimentos, que incluem autorizações para Terminais de Uso Privado (TUPs), novos arrendamentos e renovações antecipadas de arrendamentos, sendo que os primeiros editais de licitação já foram publicados em 26 de outubro.

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No caso dos aeroportos, o programa pretende ampliar a infraestrutura e, no total, os investimentos estimados são de R$ 8,5 bilhões. Além disso, serão investidos R$ 78 milhões em concessões de aeroportos regionais.