A economia norte-americana cresceu um pouco acima do esperado no fim de 2010, graças a sólidas exportações e aos gastos dos consumidores, enquanto os lucros das empresas continuaram robustos. Segundo informou hoje o Departamento do Comércio, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada e ajustada à inflação de 3,1% no quarto trimestre do ano passado, segundo revisão final do indicador. Economistas esperavam que o PIB fosse revisado para um alta de 3,0%, ante a leitura anterior de expansão de 2,8%.
Os lucros depois de impostos das empresas, que foram divulgados pela primeira vez e não são ajustados à inflação, recuaram 3,3% no último trimestre do ano passado, para US$ 1,369 trilhão, após avançarem 2,4% no trimestre anterior. Na comparação anual, os lucros das empresas subiram no quarto trimestre, para US$ 1,678 trilhão, marcando um patamar recorde.
O relatório mostrou que as exportações líquidas fizeram a maior contribuição para o crescimento do PIB no fim do ano passado. As exportações aumentaram 8,6%, depois de subirem 6,8% no trimestre anterior. As importações, que são subtraídas do PIB, recuaram 12,6%, mais do que o anteriormente estimado, depois de apresentarem elevação de 16,8% no trimestre anterior.
Os gastos dos consumidores aumentaram 4% no último trimestre de 2010, o maior nível alcançado desde que a recessão começou, na medida em que a demanda por bens duráveis subiu. Os gastos dos consumidores são um importante condutor da economia norte-americana, visto que correspondem a 70% do PIB. Já os gastos do governo federal recuaram 0,3%, segundo o relatório. As despesas dos governos locais e estaduais diminuíram 2,6%.
Preços
O núcleo do índice de preços para gastos com consumo pessoal (PCE) – o indicador de finlação preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) – subiu à taxa anualizada de 0,4% no quarto trimestre de 2010. A leitura, que marcou o menor crescimento do índice na história, ficou abaixo da alta de 0,5% reportada anteriormente, segundo o Departamento do Comércio.
Já o índice cheio de preços PCE avançou 1,7% no quarto trimestre do ano passado, conduzido pela alta dos preços dos alimentos, ante a estimativa anterior de uma elevação de 1,8%. As informações são da Dow Jones.