PIB e produção industrial da China devem ter caído

O crescimento econômico da China deve ter desacelerado pelo segundo trimestre consecutivo no segundo trimestre deste ano, de acordo com estimativas de economistas, à medida que o desempenho das exportações afetou a economia e os crescentes sinais de que o crescimento conduzido pelo crédito chegou ao fim.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China deve ter desacelerado para 7,5% no segundo trimestre, em bases anuais, após aumento de 7,7% no primeiro trimestre, de acordo com a média das projeções de 18 economistas entrevistados pela Dow Jones. Se a previsão se confirmar, será o menor crescimento do PIB desde o terceiro trimestre do ano passado.

Essa desaceleração tem implicações para as perspectivas de crescimento global, visto que os EUA continuam a sua lenta recuperação e a zona do euro permanece em recessão.

A produção industrial chinesa, que está intimamente correlacionada com o PIB, provavelmente cresceu 9,1%, em bases anuais, em junho, de acordo com a mesma pesquisa, um pouco abaixo do aumento de 9,2% em maio.

O cenário mundial fraco está tornando difícil a vida dos exportadores chineses. As exportações deverão ter alta de 3,3% em junho, em bases anuais, de acordo com 20 economistas consultados, um aumento modesto ante o crescimento de 1% em junho. Os números recuaram das taxas de dois dígitos desde que as autoridades reprimiram empresas que informaram resultados de exportações maiores que os realmente contabilizados como parte de um esforço para reivindicar isenções fiscais e driblar controles de capital.

Mas as importações da China provavelmente se recuperaram e devem ter registrado crescimento de 5,5% em bases anuais em junho, após uma queda de 0,3% em maio. A média das previsões é de que a China teve um superávit comercial de US$ 27,8 bilhões no mês passado.

Com o contínuo enfraquecimento das exportações, os produtores de manufaturas têm poucas razões para investir em novas fábricas. O investimento em ativos fixos tem desacelerado desde o início do ano e provavelmente aumentou 20,2% no primeiro semestre deste ano, de acordo com as projeções. No primeiro semestre de 2012, o investimento em ativos fixos avançou 20,4%.

O fim de junho foi marcado pela turbulência no mercado interbancário chinês, no qual os bancos emprestam entre si e para outras instituições a fim de atender a suas necessidades diárias. A demanda sazonal por dinheiro na preparação para o fim período de relatórios do primeiro semestre se transformou em estresse agudo quando o banco central inesperadamente se recusou a injetar liquidez ao mercado. Fonte: Dow Jones Newswires.