PIB dos Estados do Nordeste cresce acima da média em 2006

A maior parte dos Estados do Nordeste apresentou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mais elevado do que a média nacional (4,0%) em 2006, segundo mostra pesquisa divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE. O coordenador de contas regionais do instituto, Frederico Cunha, explica que o comércio, setor da economia que tem peso importante na região, apresentou bom desempenho naquele ano nesses locais, impulsionado especialmente pelo aumento da massa salarial e os programas de transferência de renda.

O Ceará apresentou a maior expansão do PIB (8,0%) entre os Estados em 2006. Ainda no Nordeste, houve destaque no crescimento do PIB da Paraíba (6,7%), Piauí (6,1%), Pernambuco (5,1%), Maranhão (5,0%) e Alagoas (4,1%). Apesar do crescimento anual da economia, esses locais permaneceram com participação praticamente inalterada no PIB nacional de 2002 a 2006. A fatia da região Nordeste no PIB nacional, neste período, passou de 13,0% para 13,1%.

Setor público

Cunha destacou também a importância que a administração pública tem para a economia de alguns Estados da região Norte e no Distrito Federal. “Diante da atual conjuntura de incerteza, é importante que qualquer movimento de contenção de despesas públicas vai afetar o PIB desses locais”, disse.

A administração pública tem peso de 31,1% no PIB de Rondônia; 31,1% no PIB do Acre; 48,0% em Roraima, 45,5% no Amapá e 54,8% no Distrito Federal. Em São Paulo, o peso não ultrapassa 8,5%. No total do Brasil, é de 15,3%.

São Paulo

A perda de participação da economia paulista no PIB nacional entre 2002 (34,6% do total) e 2006 (33,9%), ocorreu especialmente até 2004, passando a uma recuperação a partir de 2005. Segundo Cunha, como a economia de São Paulo está vinculada aos mercados interno e externo, “do mesmo modo que sofre em anos de baixa atividade econômica também se recupera rapidamente quando o País volta a crescer”.

A pesquisa divulgada pelo IBGE mostrou também que houve perda de participação de São Paulo, no PIB nacional, nos setores de agropecuária (13,5% em 2002 para 12,8% em 2006) e de indústria (37,6% para 34,8%), enquanto a fatia nos serviços permaneceu inalterada em 34,1% no período. Em 2006, segundo a pesquisa, o PIB de São Paulo cresceu 4,0%, exatamente o mesmo resultado do total do País.