As grandes companhias de petróleo dos Estados Unidos se preparam para uma batalha fiscal no Congresso, no momento em que o governo luta para controlar o déficit norte-americano. Na próxima semana, o Senado planeja votar uma medida para acabar com as isenções fiscais de companhias de petróleo. Para os democratas, essas isenções são o tipo de subsídio que precisa ser eliminado. Para os republicanos, a solução do déficit não é o aumento de impostos.

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Em diálogos com o vice-presidente do país, Joe Biden, os republicanos disseram que a única solução para o déficit, que se aproxima de US$ 14,3 trilhões, é cortar os gastos federais – e não aumentar os impostos. Já os democratas insistem que os impostos precisam ser parte da discussão e hoje usaram uma audiência com executivos de companhias de petróleo para tornar público o seu ponto de vista.

“Nós temos de escolher prioridades e, no momento, nós temos um déficit enorme”, afirmou o senador democrata Chuck Schumer na audiência com o Comitê de Finanças do Senado, antes de se dirigir ao executivo-chefe da ConocoPhillips, James Mulva, que havia enfurecido os democratas ao classificar como “não americana” a tentativa de acabar com as isenções fiscais para as petroleiras.

“Você acha que o seu subsídio é mais importante que a ajuda financeira que nós damos para estudantes irem à faculdade?”, questionou Schumer. “É uma pergunta muito difícil para mim”, respondeu Mulva. “São duas questões totalmente diferentes”, acrescentou.

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Os democratas pressionam pelo fim das isenções no momento em que os preços da gasolina nos EUA se aproximam dos US$ 4 por galão – um nível que tende a gerar insatisfação pública com as petroleiras, cujos lucros crescem na medida em que os preços do petróleo sobem. No entanto, a indústria de petróleo não será a única a sentir os efeitos da medida.

“Haverá muitas outras áreas para as quais nós vamos olhar, não apenas as cinco grandes companhias de petróleo”, afirmou o presidente do Comitê de Finanças do Senado, o democrata Max Baucus, em referência às chamadas “big five” (Chevron, Shell, BP, ConocoPhillips e ExxonMobil). As informações são da Dow Jones.

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