Depois de dois pregões em queda, as ações da Petrobras voltaram a exibir alta forte e a conduzir o Ibovespa, que subiu hoje influenciado ainda pelo desempenho de Vale. O salto do petróleo em razão das turbulências no mundo árabe, justificativa para o comportamento favorável da petrolífera brasileira, exerceu efeito contrário nas bolsas globais. Nos EUA, entretanto, os índices acionários garantiram ganhos em razão dos números favoráveis do mercado privado de trabalho e do conteúdo do Livro Bege.
A Bovespa terminou a quarta-feira com elevação de 1,57%, na máxima pontuação do dia, aos 67.281,51 pontos. Na mínima, o índice registrou 66.101 pontos (-0,21%). No mês, o índice acumula perda de 0,15% e, no ano, de 2,92%. O giro financeiro totalizou R$ 7,427 bilhões.
O preço do petróleo continuou pressionado hoje, fechando acima de US$ 100 em Nova York pela primeira desde setembro de 2008, em razão dos conflitos na Líbia. Também contribuiu a queda dos estoques norte-americanos de petróleo. Na Nymex, o contrato do petróleo para abril encerrou a US$ 102,23, em alta de 2,61%.
O desempenho desta commodity puxou para baixo as bolsas europeias. Já as norte-americanas conseguiram subir, em razão dos bons números do mercado de trabalho e também do Livro Bege. O documento revelou que a economia dos EUA cresceu a um ritmo “modesto a moderado” no começo deste ano e as condições do mercado de mão de obra melhoraram, embora permaneçam fracas, enquanto as empresas relataram elevação dos custos. Já a ADP anunciou que o setor privado norte-americano criou 217 mil empregos em fevereiro (previsão de +170 mil). Dow Jones terminou em alta de 0,07%, aos 12.066,80 pontos. S&P subiu 0,16%, aos 1 308,44 pontos, e Nasdaq encerrou em +0,39%, aos 2.748,07 pontos.
No Brasil, Petrobras voltou a exibir forte ganho, deixando para trás a repercussão de seu balanço do ano de 2010. A ação ON encerrou com elevação de 3,27% e PN, de 2,16%. OGX também subiu, 3,52% na ação ON.
Câmbio
A autoridade monetária fez três leilões hoje – dois a termo e um de compra à vista – e se não conseguiu barrar a baixa ao menos defendeu o patamar de R$ 1,660.
No fechamento, o dólar à vista caiu pelo segundo dia consecutivo, para R$ 1,660 (-0,18%) no balcão. A máxima intraday, pela manhã, foi de R$ 1,665 (+0,12%). Na BM&F, o pronto encerrou em baixa de 0,20%, a R$ 1,6597. O giro financeiro em D+2 registrado até 16h30 somava cerca de US$ 1,3 bilhão.
No mercado futuro às 16h30, o dólar para abril de 2011 caía 0,27%, cotado a R$ 1,6680, com um volume de negócios de US$ 10,848 bilhões.
Em Nova York às 16h32, o dólar recuava a 0,9237 franco suíço, de 0,9284 franco suíço no fim da tarde de ontem, e ante o iene, estava na mesma cotação no fim da tarde de ontem, em 81,85 ienes O euro operava em US$ 1,3859, de US$ 1,3777 ontem e de uma máxima mais cedo de US$ 1,3868, sua maior cotação em cerca de quatro meses contra o dólar.
Juros
Ao término da negociação normal da BM&F, o DI abril de 2011 (1.207.915 contratos), o primeiro a vencer após a decisão do Copom de hoje, projetava 11,66%, de 11,63% no ajuste de ontem, enquanto o DI julho de 2011 (542.730 contratos) subia de 12,06% para 12,09%, enquanto o DI janeiro de 2012 (265.253 contratos) avançava de 12,50% para 12,53%. O DI janeiro de 2013 (126.920 contratos) passava de 12,69% para 12,75%. Nos longos, o DI janeiro de 2017 (15.760 contratos) estava em 12,41%, 12,35% ontem.


