A Petrobras fará ajustes no processo de venda da Liquigás. As mudanças serão nos requisitos de elegibilidade para os potenciais investidores interessados em participar do processo e no prazo para manifestação de interesse, que será estendido. Entretanto, não há detalhes dos pontos e da nova data no comunicado ao mercado há instantes. A companhia afirma que “divulgará oportunamente o novo teaser, com as principais informações sobre a transação”.

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O teaser anterior fora apresentado em 29 de março.

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Oferecida ao mercado pela primeira vez em 2016, como parte do plano de desinvestimento da Petrobras, após as fortes perdas registradas pela petroleira com a política energética adotada durante o governo Dilma Rousseff, a divisão de botijão de gás cozinha atraiu diversos interessados. Entre eles, o grupo Ultra (dono da Ultragaz), a Supergasbraz e a Copagaz, além da turca Aygas.

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O martelo acabou sendo batido para o grupo Ultra, que ofereceu R$ 2,8 bilhões pelo negócio, em novembro daquele ano. No início de 2018, porém, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) barrou a aquisição. Líder de mercado, a Ultragaz aumentaria sua participação para mais de 60% em alguns Estados com a compra da Liquigás, que é vice-líder.

Segundo pessoas próximas ao assunto, a Petrobras está preocupando-se em atrair, sobretudo, interessados estrangeiros para evitar que o processo seja novamente barrado. Grupos da França, da Turquia e da China estariam interessados pelo negócio, além de grandes fundos de investimento.

A estimativa dos envolvidos é que o valor alcançado no novo processo de venda supere os R$ 2,8 bilhões que o Ultra desembolsaria anteriormente.

A expectativa, porém, contraria estimativas de mercado. Segundo especialistas, a Ultragaz pagaria o sobrepreço para conquistar o domínio do mercado. Não há outra empresa na mesma posição desta vez, evidentemente para evitar reação semelhante do Cade.