Pesquisa minimiza impacto de transgênicos

A agricultura transgênica não oferece riscos ao meio ambiente, além daqueles já impostos pelas culturas tradicionais, geneticamente melhoradas por cruzamentos. Essa é a conclusão de uma equipe de pesquisadores após revisar mais de 600 trabalhos científicos relacionados a organismos geneticamente modificados (OGMs), plantas, animais e até condições de solo e clima associadas ao tema. “Não há indícios de que os OGMs sejam mais perigosos do que outras culturas melhoradas pela genética convencional”, afirma a entomologista Eliana Fontes, especialista em controle biológico de pragas no Centro Nacional de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa.

Eliana assina o trabalho com os pesquisadores Philip Dale e Belinda Clarke, ambos da Grã-Bretanha. Publicado como parte de uma série especial da revista Nature Biotechnology, o artigo nasceu de um estudo realizado a pedido do Ministério da Agricultura britânico, ainda não divulgado.

Os OGMs são plantas que tiveram um gene de outra espécie, normalmente uma bactéria, inserido em seu DNA para torná-las mais resistentes a pragas e pesticidas. O melhoramento genético tradicional – usado em praticamente todos os alimentos existentes – funciona da mesma forma, só que por meio de cruzamentos (naturais ou não) entre espécies semelhantes. As técnicas podem ser usadas também para condicionar plantações a condições adversas de solo e clima.

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