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PDV do Itaú contempla 6,9 mil funcionários, diz Bracher

O programa de demissão voluntária (PDV) anunciado na segunda-feira, 29, pelo Itaú Unibanco abrange 6,9 mil funcionários, de acordo com o presidente do banco, Candido Bracher. “É difícil projetar. O último PDV fizemos há dez anos. Não temos uma base estatística para saber a taxa de adesão. Só sabemos que o público que pode optar é de cerca de 6,9 mil funcionários”, disse ele, em teleconferência com a imprensa, para comentar os resultados do segundo trimestre, nesta manhã de terça-feira, 30.

Os funcionários do Itaú podem aderir ao PDV entre os dias 1 a 31 de agosto. Ao final de junho, o banco totalizava 98.446 colaboradores.

Segundo Bracher, a razão que motivou o banco a capitanear um PDV no cenário atual é o avanço da plataforma digital. Ele explicou que não se trata de uma redução de funcionários, mas uma oportunidade de otimização do quadro do banco.

“O Itaú tem feito diversas iniciativas digitais que têm contribuído para uma menor necessidade de mão de obra. Isso criou oportunidade de redução do quadro”, disse o presidente do Itaú.

Apesar disso, o banco ainda abre mais contas nas agências físicas. Segundo Bracher, por mês o Itaú abre 70 mil contas. Nas agências o número é quase três vezes maior. “Abrimos bem mais que isso nas agências físicas uma vez que todas as contas de folha de pagamento das empresas são abertas nas agências”, afirmou ele, acrescentando que foram abertas 1 milhão de contas nas agências e 205 mil digitais no segundo trimestre.

Agências

Após fechar cerca de 200 agências no segundo trimestre, o Itaú Unibanco segue avaliando o encerramento de mais unidades físicas, mas não prevê um número maior no segundo semestre, de acordo com Bracher. O movimento, conforme ele, é uma resposta ao comportamento do cliente da instituição e não há uma meta estabelecida.

“Temos visto o incremento da digitalização. Já abrimos mais de 1 milhão de contas no aplicativo, que passa a ter novas funcionalidades como reconhecimento facial para o financiamento de veículos, serviço de câmbio. Vários produtos têm sido digitalizados, o que tem diminuído a busca da agência pelo cliente”, explicou Bracher.

Sem precisar um número de agências a ser fechado, o presidente do Itaú disse que o banco ainda tem uma “quantidade” de agências muito próximas como resultado das inúmeras fusões que a instituição fez. “Onde temos agências e uma pode comportar o fluxo de clientes da outra, vemos possibilidade de redução. Continuamos avaliando a redução de agências. Não temos projeção para o segundo semestre, mas não será maior”, garantiu Bracher.

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